"A REFER e o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações tem previsto a construção duma linha ferroviária de mercadorias entre Sines e o Caia, com ligação a Espanha.
Nesta linha está igualmente previsto efectuar a ligação entre Sines e Grândola, através dum traçado em diagonal que irá "cortar" o concelho desde a Aldeia do Pico a Melides.
Este cenário é extremamente lesivo para o Concelho de Grândola, para a toda a Região do Alentejo Litoral e para o país, na medida que a construção deste eventual traçado que para além de ser contrária e contraditória com o modelo de desenvolvimento que tem vindo a ser apadrinhado pelo próprio Governo pois passa junto a um projecto PIN e três Áreas de Desenvolvimento Turístico, iria destruir milhares de sobreiros (estima-se cerca de 10.000!!) dum dos melhores montados do Mundo, iria retalhar terrenos e propriedades seculares e principalmente iria atingir as localidades de Paragem Nova, Aldeia do Pico e Vale Figueira, passando por cima de habitações onde residem diversas famílias há diversas gerações.
Se estes argumentos não fossem já por si bastante relevantes, existe ainda a questão técnica do traçado que deve ter sido estudada por uma mente iluminada que tem como passatempo o esbanjar do dinheiro dos contribuintes, visto que a morfologia do terreno iria obrigar à construção de diversas "obras de arte" como túneis, pontes e viadutos.
Mais confuso tudo fica, se nos recordarmos que existe actualmente uma linha entre Sines e Ermidas que foi recentemente requalificada, sendo que apenas seria necessário transformá-la para a bitola Europeia, com uma redução drástica do investimento, com uma redução drástica no impacto ambiental, com uma redução drástica do impacto socioeconómico.
Por todas estas razões estamos frontalmente contra a construção da ligação ferroviária entre Sines e Caia com um traçado que atravesse o Concelho de Grândola, sendo esta petição uma das primeiras acções de contestação caso o traçado em estudo seja o escolhido."
Esta petição pode ser assinada aqui. Portugal já está demasiado estragado.
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