Está para aqui uma pessoa a tentar por todos os meios possíveis e imaginários arranjar distracções para não enfrentar a realidade catastrófica de que está irremediavelmente atrasada em todas as matérias de todas as cadeiras sem a mínima possibilidade de recuperação em tempo útil, virando ostensivamente as costas à evidência do retumbante falhanço anunciado, e o que é que a televisão está a dar? Ora bem, na RTP1, uma coisa chamada Programa das Festas, que consiste em actuações de folclore (sim, ainda por cima cantadas) intercaladas por caras jurássicas do audiovisual (sim, o Júlio Isidro) a alardear as maravilhas da Feira Gastronómica de Santarém, enquanto a próxima artista faz os últimos preparativos para nos maravilhar com os seus talentos (ela acha que sim) de karaoke. Na RTP2 qualquer coisa com barcos à vela e seus skippers a explicar porque não ganharam a especial da regata de não sei quê, não sei onde, culpando invariavelmente as condições meteorológicas que por alma do diabo parecem nunca ser as mesmas para todos naquele percurso. Na SIC, ai, até tenho medo de mudar... os Ídolos!!!! Foda-se! Na TVI um filme que se chama "O Rei Escorpião", protagonizado por primatas boçais que ingerem hormonas em excesso e/ou têm uma higiene dentária deficiente, mas que manejam com admirável destreza espadas, machados, bestas, arcos e flechas. Todos querem ser um "rei lendário" mas só um - o que lava os dentes - vai conseguir. Coitadas das pessoas que não têm mais canais. Mas eu tenho.
Curiosamente bastaram estes quatro para recuperar o alento de ir estudar, afinal as matérias não podem ser assim tão más, verdade?
Voltarei, no entanto, e se calhar já daqui a dez minutos, por força das circunstâncias, a este assunto, com outros promissores canais como, sei lá, assim de repente, só para aguçar o apetite do leitor, a SIC Mulher.
O que mais me chateia nesta polémica àcerca do livro de Saramago, "Caim", é o facto de as pessoas se insurgirem por ele achar que um Deus, descrito como um louco fanático e arbitrário, que é capaz de mandar um irmão matar outro, um pai matar o filho, de destruir cidades, promover o incesto e a pedofilia, etc., é um rematado filho da puta!
E chateia-me ainda mais que Saramago, sabendo bem quão provinciano, mesquinho e hipócrita é o país e a mentalidade desta gente, tenha acedido em considerar um exagero o epíteto de "filho da puta" que usou. Quase como Galileu Galilei.
Disse-me a Rita há bocado que é um mal geral a razão inversa entre o trabalho e a motivação. Muito trabalho, pouca motivação.
A idiotice e a ignorância estão mesmo em todo o lado.
Posso também, apesar da falta de tempo, continuar a dar conselhos de graça e a testar uma certa teoria religioso-esotérica que apregoa que para ter basta pedir (e como eu gosto de testar esse género de teorias).
E eu gostava muito de ter a obra completa da Amy Winehouse que, pelo que sei, nem é assim tão extensa, em cópia autorizada pela editora, ou seja, com a capa, o folheto e as caixas dos CDs, sem ser uma cópia foleira sacada da Internet, desfigurada por inscrições a caneta de feltro com tinta permanente que fariam vomitar os copistas italianos.
Não sei se estão a ver a ideia. Nunca ninguém disse que este blog tinha de ser útil. A não ser, claro, para mim.
O blog do Pedro Lomba sobre a amizade.
Tendo visto recentemente reduzida ao mínimo a minha disponibilidade para actualizar este blog, pelo menos posso, de vez em quando, recomendar algumas leituras que preencham o vazio. E no caso do Sete Sombras, que maravilhosa recomendação, eu diria mesmo indispensável, @ leitor@ desculpe-me o atrevimento mas se não for lá regularmente é você quem perde.
Bem me queria parecer que, em certas partes das aulas de yoga, não sou a única a não estar exactamente concentrada "numa luz muito brilhante entre as sobrancelhas, visualizando um cenário de completa tranquilidade".
Espero, como disse aqui, que não haja hoje maiorias absolutas de nenhum partido em nenhuma autarquia.
Consensos precisam-se!
Faz hoje 42 anos que Ernesto Che Guevara, médico, fotógrafo e guerrilheiro, de coragem e vontade indómita, foi assassinado na Bolívia pela CIA, com 39 anos de idade. Considerado em todo o mundo como um dos símbolos da luta pela liberdade, até os próprios norte americanos, na revista Time, o elegeram como um dos leaders revolucionários mais importantes do século XX.
Homens como este não morrem nunca. A sua memória perdura dentro de nós, gravada a fogo, como um apelo e um incentivo a que não nos acomodemos, não nos acobardemos nem desistamos nunca da luta pela liberdade e pela democracia.
Na foto em que Che sabe que vai morrer, não há rancor, ódio, súplica por misericórdia. "Apunte y sostenga bien el arma, que va a matar a un hombre", dizem que foram as palavras dirigidas ao seu carrasco, o soldado boliviano Mário Terán,
"É o meu destino: hoje devo morrer!
Mas não, a força de vontade pode superar tudo!
(...)
Uma recordação mais duradoura que o meu nome
É lutar, morrer lutando."
Che, Janeiro de 1947
Estarás sempre presente Companheiro! Não há morte para o Vento!
Dado o meu absoluto fascínio por relógios, é entusiasmante descobrir blogs como este.
(Embora a maior parte do tempo não me interesse nada saber que horas são, por medo das más notícias que chegarão, é certo, mas quanto mais tarde melhor. É um entusiasmo estético, contemplativo, já me quiseram prender por olhar ostensivamente para o pulso de alguém, seria técnico se eu percebesse alguma coisa do assunto, que não é o caso, mas enfim, gosto, como dizia o outro.).
Há três anos foi a Duca que me desafiou a ir à Lesboa, "uma coisa nova" que surgia no cenário do entretenimento LGBT da cidade. Desde então, são raras as edições do evento que tenho perdido, evento esse que conquistou por mérito próprio um lugar incontornável como "happening" LGBT de Lisboa.
Hoje a Lesboa já não é uma "coisa nova", mas continua a ser uma coisa boa. Parabéns.
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