Terça-feira, 24 de Novembro de 2009

Boa governação versus má governação

Sábado passado, numa pausa de um sinal luminoso, pedi emprestado ao taxista que me conduzia um jornal que ele tinha no carro. Chama-se @ Verdade e eu nunca tinha lido nenhum exemplar. Folhei-o portanto com alguma curiosidade e deparei com um editorial cuja leitura me deixou boqueaberta. Não resisto por isso a citar-vos o que li aqui.

 

"Mo Ibrahim, o multimilionário britânicosudanês e uma das maiores figuras mundiais do ramo das telecomunicações, voltou a surpreender os líderes do continente africano com uma intervenção proferida numa conferência de promoção de boa governação que teve lugar esta semana em Dar-es-Salam, na Tanzânia.

 

Ibrahim tomou a palavra e falou curto e grosso: “Lamento ter de dizer isto, mas alguns dos nossos países [africanos] pura e simplesmente não são viáveis.” E prosseguiu mais acutilante: “Muitos deles são demasiado pequenos para continuarem a existir nestes moldes. A ideia de que 53 pequenos Estados de África conseguem competir com a China, Índia, Europa ou os Estados Unidos é uma falácia. O comércio intra-africano representa apenas 4 a 5% do nosso comércio internacional! Isto é inacreditável!”

 

Em seguida repetiu várias vezes porquê, porquê? Depois, voltou à carga e foi mesmo muito incómodo para a audiência - o presidente tanzaniano, Jakaya Kikwete, era um dos presentes - afirmando que alguma coisa estava “drasticamente errada”. Porque um continente com 900 milhões de habitantes - 2/3 da população da Índia -, portanto muito longe da sobrepopulação e bafejado por riquezas naturais que o tornam potencialmente auto-suficiente e até bastante excedentário, encontrando-se numa situação como a actual, extremamente pobre e com uma população faminta, só pode ser mesmo devido à má governação.

 

“Penso que temos o direito, perante este estado de coisas, de perguntar aos nossos líderes se são realmente sérios?”, inquiriu, para espanto de todos. As soluções apresentadas pelo milionário passam, urgentemente, por uma rápida, profunda e séria integração regional, a nível económico - incluindo uma moeda única - e político. Mas é acima de tudo na boa governação que reside a chave do sucesso. Todos os exemplos positivos em África - e ainda são alguns - estão associados a ela. As estatísticas falam por si.

 

Países que adoptam boas práticas governativas - falo de respeito pelos direitos humanos, liberdade de imprensa, alternância política, políticas económicas ajustadas à realidade, desburocratização e despartidarização do aparelho de Estado, combate à corrupção, etc. - estão no topo da lista como é o caso do Botswana, África do Sul, Gana, Cabo Verde, Benin, Togo.

 

Na cauda encontram-se, justamente, os que constantemente violam as práticas da boa governação. Os seus nomes são sobejamente conhecidos. Somália, Guiné Conacri, Guiné- Bissau, Zimbabwe, Angola, RDC, Congo Brazzavile, Serra Leoa, Libéria e… muitos mais."

 

Dito isto, apetece-me parafrasear o ex-amigo de uma pessoa que amo e que dizia pretender fundar um partido denominado PPQ - Portugal Para Quê. Pelos vistos com toda a razão!

Buraco tapado por Cosmopolita às 20:54
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Quinta-feira, 5 de Novembro de 2009

Yoga #4

Não estou certa de ter compreendido plenamente o significado daqueles olhares quando, na aula, indagaram quem praticava a meditação e eu perguntei se falar sozinha na rua se qualificava.

Tenho de meditar sobre isso.

Buraco tapado por Citadina às 11:02
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