Quinta-feira, 31 de Janeiro de 2008

Resoluções super-tardias para o resto da vida

A começar já em 2008, ainda no princípio (aceita-se?), proponho-me fazer várias coisas giras, mas giras mesmo, que há muito desejo fazer mas para as quais me faltava a proposta formal, idealmente ratificada por testemunhas que me agoirem e/ou se consumam de preocupação, em vez de acharem que me faz bem como terapia ocupacional. Isso vai-me dar sorte e proteger de certeza, principalmente os agoiros.

A formalidade tem aqui o papel distintivo por oposição à clandestinidade (para começar logo de maneira diferente), dado que a última coisa gira que fiz (na clandestinidade) me forçou a uma estadia mais ou menos desagradável nos cuidados intensivos do Hospital Garcia de Orta (lugarejo sinistro, mas soalheiro quase sempre e cheio de gente fixe), pelo que importa, acima de tudo, tentar alterar o curso dos acontecimentos e que a história se deixe desse viciozinho horrível de repetição.

Assim, proponho-me formalmente, ainda durante a vida que me resta - porque na morte é fácil, há tempo para tudo - a: saber pilotar aviões (podem ser pequenos), barcos a motor, à vela (sem ajuda) e motociclos com mudanças (de alta cilindrada, sim).
Isto para minha segurança.
Helicópteros não me parece porque são aparelhos que conseguem mexer-se para demasiados lados ao mesmo tempo e faz-me confusão. Importa é que sejam experiências reais de saber fazer, no sentido de saber viver, o que não se coaduna com pseudo conhecimentos adquiridos a partir do sofá da sala manobrando o joystick de uma Playstation®.

No capítulo das viagens a Meca, quero subir a uma montanha muito alta, com neves eternas enquanto existe tal coisa, mas que cá em baixo tenha uma savana com leõezinhos e elefantes bebés (o Kilimanjaro ainda tem neves eternas? Se não, não quero. Fico-me pela savana). Viajar até aos continentes gelados antes de eles liquidificarem. Ver com estes olhinhos que o forno há-de cremar o Uluru, fazer-lhe festinhas e ver o monólito mudar de cor (não sei porquê, quero). E já que estou nas redondezas, ir venerar o maior organismo vivo do planeta e o único visível do espaço, mesmo com todas as suas medusas-caixa, polvinhos tóxicos e crocodilos de água salgada, enquanto também ele não se fina. Se fizer isto conservando intacta a minha integridade física - ou o que resta dela - , temos de admitir, sou uma gaja cheia de sorte que viveu uma vida plena de emoções e privilégios. Gravem isso na minha lápide, ou lá onde vão espalhar as cinzas.

Buraco tapado por Citadina às 10:47
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