O Azinhaga da Cidade fez quatro anos ontem.
Descer a avenida da Liberdade e emocionar-me com a História e as conquistas de Abril. Nunca esquecer.
Uma década de vida em comum com a Cosmo.
3652 dias de uma união sustentada por um imenso amor, que não sendo assim já as asperezas da vida tinham dado conta das nossas resistências individuais.
Uma boa data para ressuscitar este blog tão abandonado nos últimos tempos, principalmente por mim; uma data por todas as razões e mais alguma, assinalável.
Eu já só volto aqui lá para Agosto, com grande probabilidade.
Entretanto enceta-se hoje uma nova década nas nossas vidas. Que nos seja leve e prazenteira, que o resto, tudo o resto, já nós temos.
Azinhaga da Cidade: a arrastar-se pela blogosfera desde 2006.
Há três anos foi a Duca que me desafiou a ir à Lesboa, "uma coisa nova" que surgia no cenário do entretenimento LGBT da cidade. Desde então, são raras as edições do evento que tenho perdido, evento esse que conquistou por mérito próprio um lugar incontornável como "happening" LGBT de Lisboa.
Hoje a Lesboa já não é uma "coisa nova", mas continua a ser uma coisa boa. Parabéns.
A minhã avó materna tinha um sonho. Nascida em 1911, assistiu pela televisão à alunagem da Apollo 11, cujos 40 anos se comemoram hoje, e ficou fascinada com as fotografias da Terra vista do espaço. Ouvi-a dizer várias vezes que não havia coisa mais linda. O seu sonho era fazer uma viagem espacial, para ver com os seus próprios olhos a magnificência do planeta azul. Daqui a poucos dias terão passado doze anos desde o seu falecimento, mas sei que hoje teria um prazer especial em ver os telejornais para assistir mais uma vez às imagens que tanto a fascinavam. Eu estarei a ver por ela.
No bicentenário do nascimento de Charles Darwin, o Azinhaga sugere uma alternativa para comemorar: atribuir Darwin Awards.
Estes prémios são entregues - a título póstumo, mas para o exercício lúdico podemos aqui dispensar a exigência do óbito - a quem fez um grande favor à Humanidade por ter morrido sem propagar (mais) os seus genes.
Vale a pena consultar o site, tem histórias deliciosas (para quem aprecia humor negro, claro), como esta dos bêbedos a voar baixinho.
E o meu prémio vai para... não sei se para um sanguinário clássico como o Sr. Mugabe, se para um pseudo-civilizado como Berlusconi. Seja qual for, tem de prometer não andar a espalhar por aí os seus genes defeituosos!
Vou reflectir e amanhã digo.
Entretanto façam as vossas sugestões, celebrem Darwin como deve ser!
Em honra do futuro chumbo parlamentar do próximo dia 10 de Outubro, uma possível leitura política para dress-code branco é haver muita gente que se quer casar e não pode, embora a cor da virgindade ali, seja simbólica, mesmo SÓ simbólica...
Por mim espero que a festa se cubra de todo o espectro de tonalidades e brilho porque a Lesboa está, mais uma vez, de parabéns!
É já na próxima 6ª feira, no belíssimo Pavilhão de Exposições do ISA.
Faz hoje 18 anos que nasceste, meu filho, já és um adulto com todas as responsabilidades e direitos inerentes.
Dei-te um nome que evoca em mim os vales solarengos dos Cárpatos no Verão, cheios de relva e flores selvagens, frutos silvestres, abelhas, pássaros e riachos a correr. Daí, por vias indirectas, veio o nome Bluebird.
Vieste quando já não te esperava, embora te tivesse sonhado muitas vezes. Parece-me que ainda foi ontem, não me dei conta de o tempo passar. Passeávamos juntos à beira-mar, tu no teu carrinho, a deitar fora todos os chapéus cada vez que me apanhavas distraída. Ou a vir comer-me à mão o ovo cozido, o tomate ou fruta que levava para a praia. E a gatinhar mar adentro sem nenhum receio deste, com a mana a fazer também de tua mãezinha. Lembras-te? Claro que não, eras tão pequenino!
És tão sensato desde pequeno, tão introvertido no que te diz respeito e ao mesmo tempo tão capaz de fazer rir todos.
Adoro-te! Muitos parabéns por teres nascido.
Faz hoje 23 anos que tu nasceste, meu amor. Lutámos tanto para nos ter! E conseguimos!
Quando te ouvi chorar ao nascer e depois te vi, lembro-me de olhar para ti incrédula, tão linda e perfeitinha, e de pensar na sorte que tinha por seres minha.
Lembro-me também de andar por todo o lado a cantarolar irresistivelmente a canção do Caetano Veloso
Gosto muito de te ver leãozinho
Caminhando sob o sol
Gosto muito de você leãozinho
Para desentristecer leãozinho
O meu coração tão só
Basta eu encontrar você no caminho
Um filhote de leão, raio da manhã
Arrastando o meu olhar como um ímã
O meu coração é o sol, pai de toda cor
Quando ele lhe doura a pele ao léu
Gosto de te ver ao sol leãozinho
De ter ver entrar no mar
Tua pele, tua luz, tua juba
Gosto de ficar ao sol leãozinho
De molhar minha juba
De estar perto de você e entrar numa
Foste muito tempo a minha única companheirinha, absorvente, possessiva, o meu brinquedinho, fonte de enormes alegrias e surpresas e também de terror quando adoecias.
És a minha amiguinha incondicional, confidente, conselheira sensata. És a minha filhinha, a minha Leoazinha, tão forte e tão frágil ao mesmo tempo, tão corajosa e determinada.
Adoro-te! Muitos parabéns por teres nascido!
E a minha auto-prenda é uma oldie for a not so young anymore, que já cá cantam 35.
E agora tudo a levantar o rabo dessa cadeira e a cantar comigo, while shaking that ass!!
"Holiday"
Holiday Celebrate
Holiday Celebrate
[Chorus:]
If we took a holiday
Took some time to celebrate
Just one day out of life
It would be, it would be so nice
Everybody spread the word
We're gonna have a celebration
All across the world
In every nation
It's time for the good times
Forget about the bad times, oh yeah
One day to come together
To release the pressure
We need a holiday
[chorus]
You can turn this world around
And bring back all of those happy days
Put your troubles down
It's time to celebrate
Let love shine
And we will find
A way to come together
And make things better
We need a holiday
[chorus]
Holiday Celebrate
Holiday Celebrate
[chorus]
Holiday Celebrate
Holiday Celebrate
Holiday, Celebration
Come together in every nation.
E o paraíso no teu olhar.
"Dá-me Lume", música e letra de Jorge Palma, poeta urbano e trovador errante, 1989.
És o amor da minha vida.
Elegia dum incoerente
Tua Presença
É o todo-inteiro,
Real, verdadeiro,
De que a beleza
É um fragmento;
Tua Presença
Lembra um Mosteiro,
É como um claustro,
Como um convento
Onde se bebe
Recolhimento,
E cada qual
Se sente menos
Preso da Vida
Que a carne tenra
Recém-nascida
Se prende à vida
Pelo cordão
Umbilical.
A tua Ausência
É o todo-inteiro
Real, verdadeiro,
De que o Inferno
É um fragmento;
A tua Ausência
Lembra as galés,
Traz-nos atados
De mãos e pés,
Remando sós
Pelos infinitos
Mares deste mundo,
Seguindo o rumo
Dos Desvairados,
Como proscritos,
Como gafados.
A tua Ausência!
Antes ser cego,
Antes cativo,
Antes ser posto
Num caixão estreito,
Levado à cova
E sepulto vivo.
Tua Presença
É como nave
De Catedral,
Dum goticismo
Tão trabalhado,
Tão requintado,
Que são aladas
As próprias pedras
Das arcarias
Abobadadas,
E os capitéis
Das colunatas
Fogem em bandos,
Em revoadas
Ascensionais,
Para aquele ponto,
Exterior ao mundo,
Pra onde tendem
As catedrais!
A tua Ausência
É um oceano
Glauco e sem fundo
Onde naufragam
Os bens do mundo;
É uma imagem
Tumultuária
Dos Derradeiros
Dias Finais;
É como um campo aberto
Para a pilhagem
Das tentações,
Dos desatinos,
Das abjecções;
A tua Ausência
É cavalgada
Desenfreada
DApocalipse,
É o remorso
De quem celebra,
Com mãos profanas,
Ritos sagrados,
É um telescópio
Das dores humanas
Tua Presença
Dimana graças
De iluminura;
Foi modelada
Num raio fulvo
De luz sidéria;
Tem os caprichos,
As fantasias,
Duma voluta
De incenso em brasa;
Tua Presença
Foi feita à imagem
Das vagas névoas,
Sonhos dispersos
Pelos rutilantes
Rubros gritantes
Da madrugada,
E em si resume
O azul doente
Em que dilui
A macerada
Melancolia
Do Sol poente.
É essência Pura
Do ideal,
É um vitral
Que transfigura
Raios de Sol
Que correm montes
Buscando fontes
Para as calar
Sòmente estou triste,
Pois sei que a Presença
Que eu canto em bravatas
Com coros de latas
E versos quebrados,
Enfim, só existe
Na minha Elegia,
Nas minhas bravatas,
Se um dia tombar.
(Reinaldo Ferreira)
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