Quarta-feira, 15 de Dezembro de 2010

Está tudo ligado

Há bocado produzi um cagalhão que cheirava a pão quente. Ou dois. Muito bom. Juro. Eu sei, extraordinário. Também produzi um post que é, em si, um autêntico cagalhão. Isto está tudo ligado. Nada acontece por acaso.

Buraco tapado por Citadina às 18:14
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Sexta-feira, 13 de Agosto de 2010

Pedra lapidar

Antes que me esqueça e para depois não dizerem que não sabiam, favor mandar gravar (em vez daquelas merdas do "esposa, mãe e filha querida"):

 

"Teve um gato que a salvou da morte cerebral mais que uma vez. Infelizmente o gajo já morreu há uns bons anos [*], portanto era de esperar que isto acontecesse."

 

[* Fez há uma semana sete, e eu ainda tenho muitas saudades.]

Buraco tapado por Citadina às 16:22
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Terça-feira, 30 de Março de 2010

10 anos

Uma década de vida em comum com a Cosmo.

3652 dias de uma união sustentada por um imenso amor, que não sendo assim já as asperezas da vida tinham dado conta das nossas resistências individuais.

Uma boa data para ressuscitar este blog tão abandonado nos últimos tempos, principalmente por mim; uma data por todas as razões e mais alguma, assinalável.

Eu já só volto aqui lá para Agosto, com grande probabilidade.

Entretanto enceta-se hoje uma nova década nas nossas vidas. Que nos seja leve e prazenteira, que o resto, tudo o resto, já nós temos.

Buraco tapado por Citadina às 16:54
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Quinta-feira, 27 de Agosto de 2009

E é (também) por isto que é uma grande sorte eu ter nascido lésbica

Ao ler este post soou-me na mente a campainha da evidência porque o texto da Vieira do Mar resume bem as minhas experiências pessoais no mundo da corte heterossexual (sim, também lá andei, ainda hoje me pergunto a fazer o quê).

Normalmente resisto a generalizar, ou a normativizar, o-homem-sexual-da-minha-geração (e de outras também...), mas se existe alguma coisa parecida com factos empíricos, então estamos perante um. E, turns out, não sou só eu que o digo.

Buraco tapado por Citadina às 14:17
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Segunda-feira, 20 de Julho de 2009

O planeta azul

A minhã avó materna tinha um sonho. Nascida em 1911, assistiu pela televisão à alunagem da Apollo 11, cujos 40 anos se comemoram hoje, e ficou fascinada com as fotografias da Terra vista do espaço. Ouvi-a dizer várias vezes que não havia coisa mais linda. O seu sonho era fazer uma viagem espacial, para ver com os seus próprios olhos a magnificência do planeta azul. Daqui a poucos dias terão passado doze anos desde o seu falecimento, mas sei que hoje teria um prazer especial em ver os telejornais para assistir mais uma vez às imagens que tanto a fascinavam. Eu estarei a ver por ela.

Buraco tapado por Citadina às 13:50
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Terça-feira, 23 de Junho de 2009

Mudar a fralda

Mudar a fralda é muito bom, é um alívio do caraças, qualquer mulher sabe isso e nem precisa de passar por experiências de maternidade.

Buraco tapado por Citadina às 12:47
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Segunda-feira, 30 de Março de 2009

Nove anos

Nove anos, quase três mil e trezentos dias e nem todos os erros que cometemos, nem a maldade com que outros utilizaram esses erros contra nós e contra os que amamos, nem todas as infelicidades, azares e dificuldades nos conseguiram separar nem destruíram o amor que nos une. Acho que congratularmo-nos está na ordem do dia.

Buraco tapado por Citadina às 12:54
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Quarta-feira, 4 de Março de 2009

Vou fugir de casa, aliás, do país

A gata voltou a não lavar a louça, como lhe tinha sido incumbido (Sim, louça, uma herança fonética da minha família do Porto. Ainda não consigo dizer loiça, passados trinta anos, acho que é de desistir...).

Além de não participar nas tarefas da casa, o felino faz questão de arranjar todos os dias umas novas para mim. Se não a escovo, limpo-lhe o vomitado, se a escovo... bom, escovo-a, é uma tarefa.

Gosta muito do meu sofá mas só quando eu estou lá sentada. Quando não estou (sequer em casa) gosta dos outros todos e eu sei isso porque eles agarram muito bem o pêlo dela.

Também gosta muito da minha cama, mas sabe bem que a cama não é só minha e a co-proprietária faz questão de a partilhar comigo em exclusividade (mesmo quando vive num outro quarto do oposto hemisfério, com vista para o Índico). Por isso contenta-se com os sofás e os tapetes, em recorrentes e energéticas crises de alopecia.

Considera tudo seu e eu, desterrada emocional, não tenho forças nem vontade de contestar. Que tenha bom proveito. Eu vou de férias. Volto no dia 16. E nessa altura limpo a casa.

Buraco tapado por Citadina às 16:30
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Segunda-feira, 2 de Março de 2009

Mês novo, solidão nova

Inicia-se uma nova fase na vida das autoras deste blog. A Cosmopolita está agora em Moçambique, onde irá permanecer até ao fim de Maio. Depois de um ano e meio profissionalmente difícil, vai-se restaurando a estabilidade na nossa família, muito à custa deste sacrifício dela, de mais uma vez se expatriar.

Eu, por enquanto e até me habituar, na medida do possível, à ausência dela, sinto-me frágil.

 

 

Buraco tapado por Citadina às 12:34
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Quinta-feira, 30 de Outubro de 2008

Desacordos conjugais

Não gosto que me chames criança. Só eu é que me posso chamar criança.

Buraco tapado por Citadina às 12:14
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...

Estranhando a nossa ausência? Eu não vos terei ensinado nada? NUNCA estranhem a nossa ausência, nem..., aliás, principalmente quando tiverem passado três meses e começar a cheirar a qualquer coisa esquisita. Poupar-vos-á uma carga de trabalhos, vos garanto.

Podem, no entanto, desejar-me as melhoras telepaticamente que eu sinto, sou dessas taradas, ou às vezes dá-me gozo fingir que sou, pronto.

Melhor farão, no entanto, em desejar-me as melhoras rapidamente pela saudinha (mental) da Cosmo, essa santa mulher abnegada que tem que me aturar aos berros do sofá anunciando que preciso de mais chá e, ainda pior, suportar o ataque de tosse radioactivo que se segue a cada berro, bem como toda a sua produção tóxica.

Buraco tapado por Citadina às 11:08
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Terça-feira, 2 de Setembro de 2008

Parabéns ao meu Bluebird!

 

Faz hoje 18 anos que nasceste, meu filho, já és um adulto com todas as responsabilidades e direitos inerentes.

Dei-te um nome que evoca em mim os vales solarengos dos Cárpatos no Verão, cheios de relva e flores selvagens, frutos silvestres, abelhas, pássaros e riachos a correr. Daí, por vias indirectas, veio o nome Bluebird.

Vieste quando já não te esperava, embora te tivesse sonhado muitas vezes. Parece-me que ainda foi ontem, não me dei conta de o tempo passar. Passeávamos juntos à beira-mar, tu no teu carrinho, a deitar fora todos os chapéus cada vez que me apanhavas distraída. Ou a vir comer-me à mão o ovo cozido, o tomate ou fruta que levava para a praia. E a gatinhar mar adentro sem nenhum receio deste, com a mana a fazer também de tua mãezinha. Lembras-te? Claro que não, eras tão pequenino!

És tão sensato desde pequeno, tão introvertido no que te diz respeito e ao mesmo tempo tão capaz de fazer rir todos.

Adoro-te! Muitos parabéns por teres nascido.

Buraco tapado por Cosmopolita às 18:36
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Sexta-feira, 27 de Junho de 2008

Fui ali e já vim

Há bocado levantei-me da minha cadeira e fui à casa de banho.

Fiquei lá um bocado a olhar para o chão, enquanto esperava que o meu corpo produzisse mais um episódio da história oculta da escatologia (há imenso tempo que queria ultilizar esta palavra num post e não estava a conseguir).

Quando aquilo acabou, pus-me de pé e olhei para cima, para o vidro fosco e sujo da pequena janela  junto ao tecto e pareceu-me que o sol se tinha escondido entre as nuvens e que o tempo estava de novo escuro como se o Inverno tivesse decidido voltar.

Quando cheguei cá fora, precipitei-me para uma janela panorâmica e verifiquei com alívio que não era nada, o sol continuava ofuscante de radioso.

Pensei: não me posso distrair desta maneira. Se deixo de o vigiar atentamente, até ele se configurará para me deprimir.

Buraco tapado por Citadina às 11:04
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Segunda-feira, 23 de Junho de 2008

A maturidade dos desejos

Dantes, em regra, todos os desejos que pedia a uma estrela cadente ou quando trincava uma vela do meu bolo de anos ou a pestanas que apertava com força entre o indicador e polegar se realizavam.

Um dia deixou de acontecer.

Buraco tapado por Citadina às 10:38
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Segunda-feira, 12 de Maio de 2008

Poema narcótico

Ontem comecei a sonhar algum tempo antes de adormecer.

Sonhei que os anos 80 me perseguiam a alta velocidade, num veículo de vidros fumados onde se escondiam todas aquelas modas carentes de sentido estético e sobriedade psicotrópica.

Acordei sobressaltada ainda antes de cair no primeiro sono.

Constatei que não era sonho, era a realidade a acontecer no meu quarto: a minha mulher dizia-me que tinha encontrado numa velha agenda um poema que (lhe?) escrevi há anos e que era muito bonito.

"O que dizia o poema?"

Não sabia. Deu-me um comprimido para dormir e diz que o recitei toda a noite.

Hoje de manhã acordei com a cara inchada, mas (ainda) não me lembrava de nada.

Buraco tapado por Citadina às 15:38
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Terça-feira, 26 de Fevereiro de 2008

Do amor e outros demónios

Tenho estado a ler o livro referido neste post e registei algumas passagens curiosas (e eventualmente controversas - you tell me).

"O jazz, lembremos, está erigido sobre dois pilares. O espaço harmónico e a improvisação; a plataforma sonora e constrangida e a presença de uma melodia e de um ritmo libertadores: norma e dissidência. O jazz, como todos os sistemas estéticos, é definido por este jogo intermitente de imposição e oposição. Mas em todos os campos da alma – quer falemos de música, de literatura ou de amor – cada indívíduo, todos nós, sonha, sonhamos, praticamente exigimos, a partir da norma, a improvisação. O que esta manifesta é um impulso para a liberdade, para o próprio critério. Esse é o atributo máximo do jazz.

E, nesse sentido, também o jazz é como o amor. Porque é verdade que não há nada mais opressivo do que um terreno limitado, mas não há nada mais apaixonante do que subvertê-lo. O amor improvisa-se a cada dia, e a verdade é que, se quisermos sobreviver sentimentalmente, devemos converter-nos em dissidentes do amor, na vanguarda do amor, aprender e executar maneiras diferentes de o interpretar.

A sociedade ocidental está pejada de junkies do amor. Ou melhor, junkies de um conceito de amor muito particular que não tem nada a ver com a ideia de uma relação livre, sã, consensual e mutuamente respeitosa entre duas pessoas, mas sim com a de uma desordem esgotante e conturbada que prejudica, inicialmente, o bem-estar emocional e, por fim, a saúde e a integridade física. Nesse sentido, o amor é a droga mais dura.

O amor a que este junkie tão especial fica agarrado está enfeitado com as ilusões do eterno. Todos os especialistas da paixão no-lo dizem: não há amor eterno se não for contrariado, não há paixão sem luta, mas esse amor só termina na última contradição, que é a morte. Há que ser Werther ou nada. Há também muitas maneiras de se suicidar, uma das quais é a dádiva total e o esquecimento da própria pessoa. Aqueles a quem um grande amor afasta de toda a vida pessoal empobrecem-se e empobrecem, ao mesmo tempo, aqueles que escolheram para objecto do seu amor. Os que dão tudo por amor têm, necessária e paradoxalmente, o coração seco, pois está afastado do mundo.

E, como cereja deste bolo, surge como decoração e bem no alto o grande mito do século XX, o do amor eterno que afirma que o amor verdadeiro, o sublime, o autêntico, o original (recuse as imitações), ultrapassa tudo e tudo pode. Este mito deixa-se ver na maior parte dos nossos filmes e romances. Bem como na complacência que despertam e nos sonhos que geram e sustentam, e bebe da mesma fonte que a crença em que o amor é mais destino que vontade, que se sente mais do que se constrói e que nos há-de consumir com o mais puro e verdadeiro fogo que arrasa à sua passagem, com felicidade, as convenções, a sociedade e a moral. Racionalmente, todos e todas sabemos que a paixão e o desejo acabam, que a vida em comum é complicada e implica uma negociação constante, que a convivência transforma irremediavelmente o desejo selvagem em simples afecto, por mais que este possa ser muito mais profundo que os laços físicos. Sabemos que o amor é uma coisa, mas fantasiamos com outra: um amor eterno, único e permanente no tempo. Esta é uma fantasia muito perigosa porque conta com o apoio social e se refere à ideia de amor para toda a vida que impede o realismo afectivo e exige de quem ama uma entrega incondicional, sem reservas, auto-destrutiva.

Uma relação dependente dá-nos a sensação de termos pelo menos uma pessoa com quem podemos contar e de pertencermos a alguém. Uma certa segurança emocional, por mais artificial que seja.

Mas alto aí: não existe família não problemática, dado que todas o são.

...Porque a maioria das pessoas, (...), cresceu em famílias com problemas mais ou menos graves e, se cada um de nós pensasse que a raíz dos nossos males foi adubada no fértil terreno das disfuncionalidades da nossa casa, estávamos feitos. É que se cada um de nós responsabilizar outrem (família, chefe, namorado, sociedade...) pelos seus problemas, estaremos a delegar nesse outro a sua solução, e assim não há forma humana de sair do atoleiro.

Mas há uma coisa muito simples de entender:

SE NÃO É FELIZ NUMA RELAÇÃO,
ESSA RELAÇÃO NÃO LHE SERVE.

E ponto final.

Só pode dar-se e receber-se livremente. Por isso, é muito perigoso equiparar o amor à posse. Uma pessoa deve estar ao nosso lado porque decidiu e não porque lho imponhamos....... Desta forma, não se pode exigir o afecto ou o compromisso só porque “tu és meu” ou “eu que te dei tanto” ou ninguém vai amar-te como eu”. As chantagens sentimentais nunca conduzem a parte alguma. Sufocam quem as recebe e denigrem quem as exerce."

 

Buraco tapado por Cosmopolita às 13:11
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Quarta-feira, 30 de Janeiro de 2008

54

No dia em que me faltasses, faltava-me tudo.

Buraco tapado por Citadina às 11:40
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Terça-feira, 22 de Janeiro de 2008

R(a)lações amorosas

Estive a ler no outro dia um post muito interessante: “Revoluções amorosas” no Uva na Vulva. Resume muitos livros que li, muitos conselhos que me deram, muitos caminhos que percorri nos meus afectos.

...O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.

A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossas felicidades, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização (…).

...A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso - o que é muito diferente.

O outro (...) É apenas um(a) companheiro(a) de viagem.


A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.

O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.

A Duca citou-o e escreveu um post também muito interessante a propósito do “Amor e apego”, que já comentei.

Penso que inerente às relações de afecto deve estar o conteúdo dum poema do meu dilecto Reinaldo Ferreira “Mínimo sou, mas quando ao nada empresto a minha elementar realidade, o nada é só o resto”.

Se não formos capazes de nos amarmos e respeitarmos tanto ou mais do que aos outros, não conseguiremos jamais que os outros nos amem e respeitem também. A auto-estima, o amor-próprio, a busca da felicidade, a recusa da mediocridade por acomodação, a independência, a não anulação da personalidade e vontade própria em função de outrém, a criação de espaços de cedência consensuais que não violem nenhuma das partes, a capacidade de reconhecer erros, de pedir desculpa, o não se abdicar da cerimónia um com o outro, a capacidade de priorizar e relativizar as coisas, a de se reinventar ao amor e a sensualidade, o saber o que se quer (ou pelo menos o que se não quer de todo), entre muitos outros factores, são absolutamente essenciais para que se possa amar e não estar apenas apegado, para que as relações entre pessoas sejam saudáveis e não afectos doentios, portadores de traumas e infelicidade. Não convém assim esquecermo-nos que nas relações vítima-carrasco são ambos cúmplices disso, não há inocentes nem culpados.

A (des)propósito apeteceu-me deixar aqui a letra da canção “Bem querer” que a Maria Bethânia canta tão bem:

Quando o meu bem-querer me vir
Estou certa que há de vir atrás
Há de me seguir por todos
Todos, todos, todos os umbrais

E quando o seu bem-querer mentir
Que não vai haver adeus jamais
Há de responder com juras
Juras, juras, juras imorais

E quando o meu bem-querer sentir
Que o amor é coisa tão fugaz
Há de me abraçar com a garra
A garra, a garra, a garra dos mortais

E quando o seu bem-querer pedir
Pra você ficar um pouco mais
Há que me afagar com a calma
A calma, a calma, a calma dos casais

E quando o meu bem-querer ouvir
O meu coração bater demais
Há de me rasgar com a fúria
A fúria, a fúria, a fúria dos animais

E quando o seu bem-querer dormir
Tome conta que ele sonhe em paz
Como alguém que lhe apagasse a luz
Vedasse a porta e abrisse o gás.

Buraco tapado por Cosmopolita às 15:27
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Segunda-feira, 21 de Janeiro de 2008

Janelas abertas

A propósito de felicidade e de r(a)lações afectivas, deixo-vos um video com uma canção da Maria Bethânia de que gosto particularmente. Como diz Gabriel Garcia Marques no  "Memórias das minhas putas": "Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do Zodíaco". Abram então as janelas!


 

Buraco tapado por Cosmopolita às 16:02
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Quinta-feira, 29 de Novembro de 2007

Desabafo intimista e filosófico com potencialidades de controvérsia à séria

Interessar-me por homens (eroticamente falando) seria mais fácil se eles fossem conversadores compulsivos, se tomassem as rédeas de um diálogo com pulso e me poupassem a trabalheira.
Se não ficassem ali especados a olhar para mim com aquele sorrisinho que é sempre o mesmo e lhes está de certeza no código genético. Que quer dizer sempre o mesmo. Ai, o que o óbvio me irrita nem sei dizer!
Não importa muito o que dissessem, desde que o proferissem com alguma noção de bom estilo narrativo e acima de tudo, desde que evitassem a todo o custo a ladainha lamecho-primária (acabei de inventar) sobre os meus atributos mais superficiais.
Ouvi dizer que os há. E então se a amostra tiver por fonte a blogosfera, eu própria admito que eles são aos montes! Mas nunca se cruzaram comigo in persona. Ou então reservam os virtuosismos intelectuais em exclusividade para o mundo virtual. Ou então são exactamente esses que me ignoram ostensivamente. De qualquer forma, a conclusão é a mesma: a incompatibilidade parece ser incontornável.

Buraco tapado por Citadina às 17:04
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