Também conhecido por Paulinho das feiras, este exemplo acabado da manipulação e da mais baixa e primária demagogia, é um homem que não olha a meios para atingir os seus fins pessoais e a sua sede de poder e de protagonismo.
Este homem, que me lembra sempre o personagem Attila do filme de Bertolucci "1900", magistralmente interpretado por Donald Sutherland, aproveita-se de forma ignóbil da falta de memória, da ignorância, da ingenuidade e do conservadorismo que uma determinada parte da população mais desfavorecida possui para mentir, para intrigar, para manipular, para adulterar por completo o que os oponentes dizem, para dizer uma coisa e o contrário da mesma sempre que necessário.
Mas a verdade é que o "partido do táxi", graças aos seus shows, vai, segundo as sondagens, crescer proporcionalmente muito mais que outros partidos com propostas e actuações sérias. É de facto curiosa a forma como as tais ditas massas se comportam e como é fácil enganá-las.
Ou a farda dos Meos, simplesmente, afinal de contas tanto dinheiro investido nessa imagem que podia ser tão melhor capitalizado!
E nada quanto ao corte de cabelo? Isso é que eu acho que está mal, uma pessoa assim não sabe o que há-de fazer e ó se há gente que precisa de orientação nesse aspecto, meu deus!
Ano de 2009, séc. XXI. As terras lusas estão dominadas por uma força moral avassaladora que erradicou todos os políticos mal-educados do mapa. Todos? Não! Uma pequena ilha resiste ao largo da costa de África Ocidental, onde o seu bravo líder não só fala como gesticula ao jeito dos mais experimentados arruaceiros. E se ainda não se agarrou aos tomates flectindo o abdómen para frente diante de jornalistas, nesse extraordinário gesto tão típico da nossa cultura popular, é de certeza porque, como qualquer político que se preze reconhecerá, os jornalistas nunca estão no sítio certo à hora certa.
Ontem fui-me deitar cedo, exausta, e tive um sonho absolutamente doido em que um Ministro se punha a fazer cornos para um Deputado em plena Assembleia da República, sob a mira de todas as câmaras televisivas e máquinas fotográficas do País, criando um grave incidente institucional, sendo por isso obrigado a demitir-se e gerando uma subsequente crise governamental a três meses das eleições legislativas, ou seja, já em pré-campanha, acto esse cuja última consequência era entregar o poder à Direita durante os próximos anos.
Vejam lá o disparate, como se fosse possível!
Então vá ao novo programa da Teresa Guilherme. Por foder o seu casamento e pôr em causa o amor pelos seus filhos perante milhares de pobres de espírito sanguinários ganha 1.000 Euros e passa o primeiro nível. Eina, parabéns!
Por evidenciar a sua falta de lealdade para com os seus amigos íntimos, fazer a sua mulher passar pela maior cornuda no território português, até porque admitiu que já pagou para ter sexo este ano, ganha 5.000 Euros e passa ao terceiro nível. Pelo ar aliviado que faz quando a maquineta diz que é verdade a atrocidade que acabou de proferir deduz-se que nem lhe está a custar muito, certo? Certo. Decide continuar.
Agora calma, respire, porque como acha que ainda não se humilhou o suficiente na televisão a Teresa tem novas perguntinhas giras para si.
Nesta nova fase do jogo trata-se de assumir alto e em bom som a sua misoginia aguda perante colegas de trabalho e aqui você tenta "uma explicação"... Mas não vale a pena, a sério, concentre-se lá no dinheirinho.
O risco de viver rodeado de gente com muita vontade de se vingar de si depois disto aparentemente não o preocupa e por isso admite que é uma chatice aturar os seus filhos e a sua mulher. Deixe lá, depois vai ter muito dinheirinho para pagar por companhia, verdade? Eia, que bom!
Mas espere! Ainda tem um amigo que o salvou de admitir que desde que está casado já deu mais de quinze escapadelas! Pronto, está bem, nós fingimos que não percebemos que você é um putanheiro.
Em troca tem de admitir que é desonesto noutras frentes, mas o que é isso para si?! A verdade é que já tem 10.000 Euros! É de homem!
Mas agora a parada sobe: trata-se de admitir que a sua mulher pode ter SIDA por sua causa e o que é que você faz? (pausa para vomitar) Admite que não usa preservativo com as suas amantes... Arghh...
No entanto, você agora parece começar a desesperar e embarca numa atitude patética de afirmar que o seu casamento tem futuro. O computador tem pena de si e diz que é verdade. Que sorte, hã?!
Próxima fase: o seu irmão tem cara de bronco, mas era escusado realçar isso com o seu discurso de macho dominante. Você também é um grandessíssimo bronco, mas vai ganhar 25.000 Euros. Chora lágrimas de crocodilo e dá um abraço ao anormal, eerrr, quer dizer, ao seu querido irmão e fica tudo em família.
Já conseguiu dizer alarvidades que cheguem, quer dizer, verdades que cheguem, e acima de tudo, já conseguiu amealhar a quantia que comprará a sua vida junto dos agiotas a quem deve dinheiro, portanto desiste. A Teresa Guilherme fica toda contente a asseverar-lhe que a verdade compensa e é verdade: compensa-a muito a ela. Fim. Mais um belo momento de televisão.
Há gente que age como se tivesse acabado de chegar directamente da selva mais profunda ao meio da civilização, onde então se encontra pela primeira vez.
É o caso das pessoas que abrem carreiros na relva de um jardim público para - atenção, vejam bem a grande espertice e a poupança de tempo infinita - andar menos 10 metros.
Em vez de irem dar a volta pelo caminho feito de propósito para as pessoas, não, qual quê, isso é muito longe e dá muito trabalho, portanto seguem sempre a direito, como bois.
E assim esventram um relvado, cortando-o ao meio e deixando-lhe uma horrorosa cicatriz feita de terra, pó e, muitas vezes, lixo.
Uau. É o único vocábulo que me ocorre dizer que não é considerado ordinário.
Essa gente devassa o bem público com método e perseverança até que esteja tudo com um aspecto nojento.
Possuem aquela mentalidade protozoária que lhes repete ideiazinhas limitadas como "não é meu, não faz mal estragar". Na sua condição de amibas, não alcançam compreender que por acaso aquilo até é deles, e por acaso até pagaram para ter aquele bem. Foi um pagamento indirecto, mas saiu-lhes do bolso na mesma.
No entanto, os pobres de espírito nunca sentiram a textura dessas notas na mão e para raciocínios limitados como os deles, isso corresponde à inexistência desse dinheiro.
Por isso, continuam a escarrar para o chão de cimento que deviam usar para circular, e a caminhar pelo meio do jardim público para pouparem dez passadas e cinco segundos. Uau.
Quando é que as auroridades locais vão acordar para esta janela de oportunidade de fazer receitas extra de uma forma justa (ou seja, sem ser através de licenças de construção de mamarrachos) e de aumentar os níveis de emprego nas suas localidades?
Bastava criar uma "EMEL" (um bocadinho melhor gerida que a original, de preferência), ir buscar uns desempregados aos centros de emprego para transformar em fiscais e pagar-lhes com a receita das muitas multas certas que concerteza gerariam diariamente. Vá lá, vocês conseguem.
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