Ora então vejamos: o Ministério da Saúde é liderado por uma Ministra do PS, certo? PS esse que promete prometer (é que é mesmo assim) viabilizar a igualdade no acesso ao casamento civil na próxima legislatura, não é? Mas já as outras igualdades, ah isso não, que isso é um grupo de gente esquisita e por muito bem comportadinhos que eles digam que são nunca se sabe, porque ser homossexual já é um comportamento de risco. O melhor é manter essa gente o mais afastada possível do nosso sangue.
Moral da história: é com políticas reais que se inferem as intenções reais.
Ou a farda dos Meos, simplesmente, afinal de contas tanto dinheiro investido nessa imagem que podia ser tão melhor capitalizado!
E nada quanto ao corte de cabelo? Isso é que eu acho que está mal, uma pessoa assim não sabe o que há-de fazer e ó se há gente que precisa de orientação nesse aspecto, meu deus!
Infelizmente, José Mourinho não chegou ontem a Lisboa ao mesmo tempo que o menino guerreiro dava a sua entrevista televisiva de "I'm back like a nightmare", nem o realizador do noticiário em causa encontrou outro pretexto igualmente relevante para a interromper. Espero que ao menos tenha procurado.
O susto das sextas-feiras à hora do jantar é o Jornal Nacional da TVI na parte em que, como se já não bastasse a Manuela Moura Guedes com expressões faciais só possíveis a quem meteu parte das nádegas nas bochechas, de olhos abertos para além do limite em que se consegue evitar aterrorizar crianças, conduz uma entrevista a Vasco Pulido Valente num estilo porteirista (palavra minha, literalmente) que impede, além do acesso à informação credível e isenta, o entrevistado de se concentrar o suficiente para não tremer e balbuciar (tanto) os começos de cada frase.
Este triste espectáculo, tantas vezes repetido, de assustador acaba por passar a simplesmente confrangedor, e esse é o estado em que se encontra agora.
Enfim, a luz. Para mim já vem tarde. A dura lição de vida que aprendi há já uns anos deixou feridas que ainda não fecharam, ressentimentos em relação ao sistema e traumas que dificilmente serão ultrapassados.
Quando o meu negócio próprio foi vítima de recessão económica, abuso de posição dominante por parte de muitos clientes e outras injustiças, todas elas alheias à competência e produtividade de quem quer que fosse naquela empresa, pensei seriamente que a minha vida ia acabar.
Como se já não bastasse a frustração e a revolta em termos profissionais, tive de assistir ao drama humano da minha família, que passou a não ter onde cair morta, porque o Estado esteve sempre lá para receber as contribuições para a Segurança Social, mas não para nos ajudar quando precisámos.
Neste momento, todos, sublinho, todos os partidos com assento parlamentar estão de acordo - e que raro isso é! - no que respeita a esta necessidade, a esta medida de justiça inquestionável.
Por mim, faça-se já. Só é pena que, como em tantos outros casos, a legislação falhe e tarde a acertar e sejam necessários tanto sangue, suor e lágrimas para a colocar no bom caminho.
Censos de 2011 vão equiparar uniões de casais homossexuais a núcleos familiares.
Quanto mais não seja, para testar a teoria dos 10%.
Geração dos 30 anos pode perder até 60% da reforma
Chamem-me pessimista, mas nos dias que correm, com os níveis de salários baixos que se praticam, que percentagem da população com idade à volta dos 30 anos é que tem 10% (já nem digo 30%) do rendimento disponível - para não mencionar aqueles que nem sequer têm rendimento - para poupar?
Isto soa, além do mais, ao seguinte: se acham vivem mal agora, esperem até serem incapacitados para o trabalho e dependentes da reforma do Estado. Então aí é que vão ver o que é, de facto, viver mal.
E, como não se vislumbram milagres no sistema público de segurança social, deve ser exactamente isso que nos espera.
Porreiro, pá!
ADENDA (em 27 de Novembro de 2008):
O contraditório está aqui.
Parece que a empresa responsável por este estudo vende PPRs, não sendo por isso isenta.
Não deixa, no entanto, de ser verdade que a maioria dos portugueses não possui (nem nada leva a crer que venha a possuir nos anos mais próximos) capacidade para atingir os níveis de poupança de longo-prazo desejáveis e que, por isso, se afigura um cenário muito desagradável para a "geração dos 30 anos" quando atingir a idade da reforma.
Ele e o Vale de Azevedo. Homens sérios, muito sérios e honestos, tramados pela Justiça que, como se sabe, é muito injusta para gente de bem como estes senhores que são umas vítimas do sistema, repito, uns bodes expiatórios, coitadinhos, vou chorar.
Alegrem-se, desta vez ainda não é a sério.
A República das Bananas que é a Região Autónoma da Madeira seria uma séria fonte de inspiração para Kafka.
Apanhei-me ontem a rir a bandeiras despregadas com um noticiário da SIC Notícias, pensando que estavam a contar uma boa anedota como caricatura do "regime político" vigente na Madeira. Mas visto que o comentador estava com um ar cada vez mais estupefacto, acabei por perceber que aquilo tinha mesmo acontecido.
O deputado do PND José Manuel Coelho, na sua intervenção numa sessão da Assembleia Legislativa da Madeira, mostrou uma bandeira nazi para, segundo afirmou, oferecer aos "fascistas do PSD e ao seu líder parlamentar, Jaime Ramos", pretendendo ilustrar desta forma a postura de ilegalidade fascista dos sociais democratas desde que governam a Região. Na sequência deste seu acto a sessão foi suspensa e, no dia seguinte, José Manuel Coelho foi impedido por seguranças privados da empresa "Securitas" de entrar no edifício da Assembleia Legislativa da Madeira para participar na sessão plenária como deputado.
Ou seja, um trabalhador, neste caso um deputado com direito a imunidade parlamentar, por ter exercido a sua liberdade de expressão, foi impedido de aceder ao seu local de trabalho, o que é mais que ilegal!
Mas há mais. O PSD da Madeira submeteu um requerimento ilegal de suspensão das próximas sessões plenárias do parlamento madeirense, colocou-o a votação e fez cumprir este requerimento, baseado apenas na aprovação dos deputados sociais democratas, até decisão judicial da queixa-crime apresentada por eles contra o deputado José Manuel Coelho.
Ou seja, unilateralmente, o PSD da Madeira encerrou ilegal e inconstitucionalmente a Assembleia Legislativa da Madeira, remetendo a sua abertura lá para as calendas gregas após a decisão judicial sobre esta queixa!
Monteiro Diniz, representante da República na Madeira, mostra-se muito preocupado "pelo facto destas divergências transmitirem da Madeira a imagem de uma terra onde não há lei, regras, nem princípios", o que, segundo ele, "não é verdade"...
Não! Jura! A sério?! Afinal isto não é um sketch do Gato Fedorento?!
É que não sendo, a mim parece-me que o deputado do PND sempre tinha alguma razão ao mostrar a bandeira nazi!
E o Presidente da República, não tem nada a dizer sobre isto?
Não acham giro este argumento de que os partidos na oposição devem ser muito bem comportadinhos e subservientes às maiorias absolutas, só votando projectos de lei e debatendo assuntos "fracturantes" no Parlamento quando as tais maiorias acharem que é oportuno, porque senão são acusados de oportunismo político? Não é fixe?!
É o que se conclui ao ler o Relatório de Auditoria do Tribunal de Contas.
Na semana em que José Sócrates falou em ânimo para enfrentar a crise, em contenção e em "evitar fazer asneiras" numa entrevista dada à RTP, este relatório vem provar aquilo que já era evidente há muito tempo: apertar o cinto não é para todos, e certamente não é para os boys on the jobs.
Eu por mim já só que queria que as pessoas se lembrassem destas coisas na hora de ir votar, que se lembrassem!
O jornal gratuito Metro anuncia na sua edição de hoje, referindo-se à Lesboa Party de amanhã, que o "Instituto Superior de Agronomia recebe festa gay friendly" (se não é exactamente isto, o essencial está aqui).
De facto, é óbvio (também) por aí que as mentalidades ainda não estão preparadas para assimilar a seguinte realidade: isto não é tudo vosso! A Lesboa Party não é "gay friendly"; é uma festa LGBT (lésbica, gay, bissexual e transgender) que é hetero friendly. Entenderam a "subtil" diferença? Então agora vão lá e divirtam-se.
Para não andarmos aí a acreditar na primeira coisa que se diz.
E assim lá ia, a credibilidade, o profissionalismo, a lucidez de uma pessoa, só de uma penada.
E o mais assustador é que a primeira versão do acontecido foi veiculada pela ORGANIZAÇÃO do Dakar, uma fonte supostamente credível, que posteriormente retirou toda a informação falsa do site.
Frightening, I tell you.
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