O que mais me chateia nesta polémica àcerca do livro de Saramago, "Caim", é o facto de as pessoas se insurgirem por ele achar que um Deus, descrito como um louco fanático e arbitrário, que é capaz de mandar um irmão matar outro, um pai matar o filho, de destruir cidades, promover o incesto e a pedofilia, etc., é um rematado filho da puta!
E chateia-me ainda mais que Saramago, sabendo bem quão provinciano, mesquinho e hipócrita é o país e a mentalidade desta gente, tenha acedido em considerar um exagero o epíteto de "filho da puta" que usou. Quase como Galileu Galilei.
Sempre associei a revista Playboy ao mundo da pornografia. Mas a verdade é que nunca li nenhuma. Enfim, era a fama que tinha quando eu despertei para o mundo da imprensa. Mas com o passar do tempo, fui-me apercebendo que muitas mulheres famosas que não têm nada a ver com universo pornográfico posavam nuas para a dita publicação. Aliás, a Playboy foi ocupando progressivamente um lugar conotado com parâmetros de qualidade no mercado em que se insere.
Amanhã chegará às bancas o primeiro número da versão portuguesa da revista. Aquela Mónica que participou num reality show qualquer e que, ao que me lembro, até era uma tipa porreira, sem pretensiosismo nem atitudes arrogantes, faz a primeira capa da publicação lusa.
Sinceramente estou com vontade de comprar a revista, só para ver o que se entende hoje por pornografia de qualidade em Portugal. Será que vou encontrar uma revista soft que não fira susceptibilidades? Ou pelo contrário, a Mónica na capa mas conas escancaradas (eu não acredito que escrevi isto...) em todas as outras páginas? Será que tem conteúdos (escritos) interessantes? Ou só legendas do tipo "mama esquerda da Fulana e nádega direita da Sicrana?
Quando comprar (se comprar) digo-vos. Mas que é um tema que me desperta curiosidade, é.
Infelizmente não é possível dar continuidade a projectos financeiramente inviáveis quando estes não são considerados de utilidade pública.
No caso da Com'Out, é trágico que a definição formal de "utilidade pública" não se lhe aplique, porque é exactamente o que a revista era. Prestava um importante serviço público de visibilidade qualitativa da comunidade LGBT e agora acabou.
Só nos resta esperar que a promessa de voltar se concretize, que esta despedida seja somente um "até à vista". Cá estaremos para apoiar de novo o projecto.
"Caro assinante,
A Joeli Publishing tomou a difícil decisão de suspender a revista Com’Out.
Analisados os oito números da revista e apesar da qualidade reconhecida e apreciada pelo mercado, o quantitativo de leitores e anunciantes revelam-se insuficientes para a viabilidade do projecto.
Os contactos com algumas das editoras europeias com revistas similares revelou que o contexto do mercado nacional não é um caso impar.
O enfoque e o esforço da Joeli Publishing estão no lançamento de mais títulos em 2009, mas a Com’Out reaparecerá assim que o mercado estiver mais saudável.
Assim, venho pedir que indique o seu NIB para que possamos proceder à devolução do valor correspondente às revistas não recepcionadas.
Enviamos o nosso sincero e profundo agradecimento por terem acreditado neste projecto da Com’Out.
Muito obrigado."
(recebido por e-mail hoje)
Referências a mulheres, só constam as seguintes:
3.1. Emprego (pág 17)
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