"Problems cannot be solved by the same level of thinking that created them."
Albert Einstein
Os hologramas são imagens/registos codificados a três dimensões. Não têm existência corpórea real.
"Perguntam-me se já me enganei «completamente» acerca de alguém. Tento encontrar uma resposta. Tive algumas grandes decepções, é verdade. E sempre com pessoas competitivas, cínicas e agressivas. Mas nunca ignorei que fossem competitivas, cínicas e agressivas; não estava completamente enganado. Achei foi que essas pessoas não seriam competitivas, cínicas e agressivas comigo. Não me enganei acerca da natureza delas, enganei-me acerca da natureza."
Há bocado produzi um cagalhão que cheirava a pão quente. Ou dois. Muito bom. Juro. Eu sei, extraordinário. Também produzi um post que é, em si, um autêntico cagalhão. Isto está tudo ligado. Nada acontece por acaso.
Tenho de deixar de chamar miúdas(os) a pessoas com mais de 10 anos.
Sabes que estás velha quando alguém com quem praticas desporto semanalmente é incapaz de te tratar por tu, não importa quanto lhe peças.
Dizia-me uma das minhas irmãs no outro dia "o sempre e o nunca mais é demasiado tempo".
Fiquei a remoer esta ideia e não posso deixar de lhe dar razão. Quem pode prever o futuro e as voltas que a vida dá para afirmar peremptoriamente "sempre" ou nunca mais"?
Pensei que as aulas poderiam ser um bom sítio para conhecer os rufias do bairro, fazer amizade com eles e assim zelar, de facto, pela minha defesa pessoal, à falta de outros espaços de convívio comuns.
Acabei, no entanto, por só conhecer um, o professor. Os alunos são todos betinhos com a mania da perseguição, ou seja, iguais a mim, e naturalmente não sabem defender-se nem de um ataque de mosquito.
Em compensação acho que aprendi a bater em genitais masculinos eficazmente e digo "acho" porque ninguém me deixou colocar a teoria em prática. Ainda.
Seguimos esta série cá em casa e, de episódio para episódio, maior é a minha aversão ao Dr. House. Poucas vezes me foi dado ver uma pessoa que se distinguisse tanto pela negativa e que tivesse, simultaneamente, tanto e tão inexplicável êxito. É verdade que esse sucesso tem a ver também com toda a equipa. Os actores principais, Lisa Cuddy (Lisa Edelstein), Eric Foreman (Omar Epps), James Wilson (Robert Sean Leonard), Allison Cameron (Jennifer Morrison), Robert Chase (Jesse Spencer), e em papeis secundários, Thirteen (Olivia Wilde), Chris Taube (Peter Jacobson) e Lawrence Kutner (Kal Penn), desempenham na perfeição o seu papel.
Dr. House, o personagem brilhantemente interpretado por Hugh Laurie, como pessoa é absolutamente asqueroso. É um manipulador nato, um ditador desumano e esclavagista, crápula, mentiroso, arrogante, intrusivo, abusador, chantagista, obsceno a nível sexual, intolerável enquanto chefe ou subordinado. Mistura de forma inaceitável e abusiva a vida profissional e pessoal, sua e da sua equipa ou chefias, com a vida profissional e pessoal de todos.
A sua genialidade, enquanto médico especializado em diagnósticos, deixa muito a desejar, pelo menos a mim que não sou médica. Se fossemos ver o custo dos meios de diagnóstico que ele utiliza por paciente, então a medicina teria, de facto, um custo socialmente insuportável. Sobretudo num país como os EUA em que estar doente é um luxo a que poucos se podem permitir.
Gostaria de ver um médico assim, a ter de fazer diagnósticos sem meios para o fazer, como acontece em muitos países do mundo. Aí sim, se mantivesse a genialidade, poderia perdoar-se-lhe algumas das suas fraquezas de carácter. Mas hélàs, o mundo está cheio de Dr. Houses que têm a visibilidade e o poder que têm, porque todos nós lhes damos créditos, elogiando-os e dando-lhes tempo de antena.
Que me perdoe o Eduardo por lhe roubar o tema desta citação, mas é por uma boa causa. A de ilustrar, mais uma vez, a aplicação prática do princípio de dois pesos e duas medidas em Portugal.
O colarinho branco e a canja da ralé, por José Vítor Malheiros (excertos)
1. Quando alguém mete ao bolso uma coisa que não lhe pertence dizemos que a roubou. Mas há justificações para meter coisas ao bolso. E diferentes nomes para usar nas várias circunstâncias, conforme o estatuto social e político dos autores. Uma senhora bem vestida que meta na carteira um perfume, numa loja elegante, distraiu-se - e um engano toda a gente tem. Uma mulher que o faça num supermercado suburbano comete um furto que a sociedade não pode permitir. E um banqueiro que esconda num offshore os milhões que ganhou por vender títulos tóxicos aos incautos clientes é um pilar da sociedade que contribui para o desenvolvimento económico. Esta é a base da sociedade e querer subvertê-la é fomentar o caos e a anarquia. E o sistema judicial existe para garantir a sua subsistência.
Quando um deputado rouba alguma coisa também não se trata exactamente de roubo-roubo, como se fosse um maltrapilho qualquer. Pode dizer-se que o deputado se apropriou, tirou ou "roubou" e "furtou", mas entre aspas.
2. As medidas de contenção das prestações sociais recentemente apresentadas pelo Governo no âmbito do PEC têm de ser lidas à luz da mesma lógica, que distribui direitos e deveres de acordo com os méritos das pessoas: seria impensável pedir a pessoas de posses, a pessoas de qualidade, a pessoas daquelas de que o país não pode prescindir, que pagassem a crise provocada pelos actos de contabilidade criativa que os corretores e os banqueiros fizeram nos últimos anos e pelos buracos orçamentais criados para colmatar os défices dos bancos. Como o seria combater a fuga de capitais para os paraísos fiscais, ou a fuga ao fisco de pessoas que não sejam trabalhadores por conta de outrem. Tratar-se-ia de uma violência psicológica insuportável.
Os pobres já estão habituados a poupar e a apertar o cinto e quase não vão notar a diferença. Os ricos não o sabem fazer. Fá-lo-iam mal. Os desempregados, os recipientes do rendimento mínimo, os trabalhadores precários são peritos na arte de rapar o tacho. Fazem-no há anos, há gerações, há séculos. E atingiram uma eficiência que um banqueiro nunca conseguiria. E, em alturas de crise, temos de apostar na eficiência, temos de entregar a cada um as tarefas que melhor desempenham. Alguém pensa que um gestor de uma grande empresa poderia viver com 1000 euros? Nem vale a pena tentar. Um pobre consegue alimentar uma família de seis com 800 euros. Sabe fazer canja de miúdos de frango e um guisado com um osso de vaca, sabe quais são os medicamentos da receita que não precisa de aviar, conhece as lojas onde pode comprar sapatos e sabe remendar a roupa. Ninguém o faz tão bem como os pobres. É o talento da ralé. Por que se há-de tentar que sejam os ricos a pagar mais impostos e a gastar menos?
Ou de como se aplica ao povo português a expressão "passarinhos e pardais não somos todos iguais" . Ou ainda sobre como esta crise não é para todos.
Pela 1ª vez, desde que foi anunciada a visita do papa a Fátima, vi aqui uma notícia com interesse. O padre Mário de Oliveira, director do jornal Fraternizar, veio dizer à boca cheia, que as aparições de Fátima nunca existiram, que os pastorinhos foram vítimas de uma montagem feita pelo clero de Ourém, montagem essa que teria tido para as três crianças consequências tão graves quanto as da pedofilia, e que essa farsa teria feito de Fátima uma galinha de ovos de ouro para a Igreja em Portugal e para o Vaticano. Finalmente vejo que eu e um membro do clero comungamos, por assim dizer, a mesma opinião sobre esta história da carochinha.
* Desculpem, mas sou alérgica a acordos ortográficos e ainda escrevo "história" como aprendi na escola.
Não estou certa de ter compreendido plenamente o significado daqueles olhares quando, na aula, indagaram quem praticava a meditação e eu perguntei se falar sozinha na rua se qualificava.
Tenho de meditar sobre isso.
A idiotice e a ignorância estão mesmo em todo o lado.
Espero, como disse aqui, que não haja hoje maiorias absolutas de nenhum partido em nenhuma autarquia.
Consensos precisam-se!
Tenho lido um pouco por todo o lado discursos de inquietação sobre a governação sem maioria absoluta. Não posso deixar de ficar espantada com isso. Como se sabe a sociedade é formada por cidadãos de vários quadrantes políticos, sociais, económicos, religiosos, etários, etc. Seria extraordinário se todos estivessem de acordo sobre os mesmos assuntos ou se apresentassem as mesmas soluções para os mesmos problemas.
Para mim, deveria haver mecanismos que impedissem maiorias absolutas. Os partidos no Governo deveriam ter de governar por consenso com os diversos partidos e movimentos de cidadãos representantes da sociedade civil, sindicatos, etc, ouvindo de forma razoável os outros, fazendo cedências quando tal se impõe e não decidindo de forma arrogante, sectária e autista em nome de todos. Se isso porventura trouxer alguma instabilidade governativa, pode ser que traga também mais alguma democracia se os partidos forem coerentes com os seus programas.
Ser politicamente responsável é isto que quer dizer. Não digo que seja fácil, não digo que seja sempre possível ou até desejável, mas é seguramente mais democrático.
Também conhecido por Paulinho das feiras, este exemplo acabado da manipulação e da mais baixa e primária demagogia, é um homem que não olha a meios para atingir os seus fins pessoais e a sua sede de poder e de protagonismo.
Este homem, que me lembra sempre o personagem Attila do filme de Bertolucci "1900", magistralmente interpretado por Donald Sutherland, aproveita-se de forma ignóbil da falta de memória, da ignorância, da ingenuidade e do conservadorismo que uma determinada parte da população mais desfavorecida possui para mentir, para intrigar, para manipular, para adulterar por completo o que os oponentes dizem, para dizer uma coisa e o contrário da mesma sempre que necessário.
Mas a verdade é que o "partido do táxi", graças aos seus shows, vai, segundo as sondagens, crescer proporcionalmente muito mais que outros partidos com propostas e actuações sérias. É de facto curiosa a forma como as tais ditas massas se comportam e como é fácil enganá-las.
Ao ler este post soou-me na mente a campainha da evidência porque o texto da Vieira do Mar resume bem as minhas experiências pessoais no mundo da corte heterossexual (sim, também lá andei, ainda hoje me pergunto a fazer o quê).
Normalmente resisto a generalizar, ou a normativizar, o-homem-sexual-da-minha-geração (e de outras também...), mas se existe alguma coisa parecida com factos empíricos, então estamos perante um. E, turns out, não sou só eu que o digo.
Existe um certo tipo de pessoas que têm "A" opinião certa sobre tudo e sobre todos, opinião essa, claro, que não se aplica a si próprios e aos seus. Essa opinião é vinculativa, porque é a certa, e só os opinados estúpidos é que não o percebem.
Pior do que o opinioso, é, sem dúvida, o opinioso moralista. Porque esse, para além de ter a opinião certa sobre os outros, ainda considera que a virtude, a sensatez e o bom senso chegaram a ele e pararam.
O opinioso opina sobre tudo o que diz respeito aos outros, ficando perplexo e irascível quando um opinado ousa, como moeda de troca, servir-lhe de espelho e opinar sobre ele também. Sim, porque uma coisa é o opinioso e outra bem diferente o opinado! Nada de confusões.
O opinioso é completamente louco e antidemocrático e, se pudesse, obrigaria todos os opinados a sê-lo também e de forma tão virtuosa e destrutiva quanto a dele. O opinioso gostaria de, tendo vivido catastroficamente a sua vida, viver também a vida de todos os opinados da mesma maneira.
O opinioso fica muito irritado quando o opinado não acata, não percebe ou ousa contestar a sua opinião. Sim, porque o opinado é um mero atrasado mental que deve seguir cegamente a opinião vinculativa do opinioso.
Mais! O opinioso sente-se no direito de, sem que o opinado saiba ou opine ele próprio sobre o assunto, opinar sobre a vida da família do opinado junto de cada um dos membros dessa família. Com a persuasão que lhe é conferida pelo grau de irritabilidade e totalitarismo intelectual que a possibilidade de haver outras opiniões ou de a sua opinião poder ser questionada lhe conferem.
É possível que tenha tendência para ser opiniosa, mas felizmente, os meus mais próximos não me deixam e espero que seja sempre assim. Por muito que isso me possa custar quando estou a opinar.
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