Quinta-feira, 4 de Dezembro de 2008

Do ensino da economia ou As vitórias do psiquiatra

"A teoria económica dominante é profundamente insensível à realidade. Constitui, em geral, uma abstracção desatenta e trata os acontecimentos difíceis como um problema que não é dela."

 

Na altura já estava convencida, mas tinha sincera vergonha, esta decorrente de ter sido sempre a melhor aluna de todos os cursos e escolas por  onde passei, à excepção - lá está - da licenciatura em economia, de que o problema não era tão meu como deles, dos professores e dos programas.

Hoje, ultrapassada a tristeza, a frustração e o pudor, comprovo com um certo  gozo que, se fui uma aluna medíocre e desmotivada na faculdade, foi por ter alguma consciência da realidade, o que me impediu de participar naquela alucinação colectiva que consistia em ver o mundo à luz de efabulações teóricas mais ou menos ridículas. Agora chamem-me burra.

 

Ler aqui e aqui os fundamentos deste post.

 

ADENDA:

Aqui uma opinião consonante.

 

Buraco tapado por Citadina às 15:28
Link do post | Tapa também
7 comentários:
De -pirata-vermelho- a 5 de Dezembro de 2008
Minha senhora cosmopolita,
veja a pág11 da separata Economia (Público, hoje)
a acrescentar importantes vertentes de reflexão - o erro foi ter-se pensado que modelos complexos respondem a afectos e a necessidades tendo, em simultâneo e desse modo, passado a considerar a coisa económica desligada da pessoa qiue dela deve fruir. Perdeu-se o sentido objectivo e o resultado está à vista. Mais uma vez a economia política confundida com política económica (ou vice versa)
De Cosmopolita a 5 de Dezembro de 2008
Meu senhor pirata

Sem dúvida que estou de acordo com o que diz. Mas repare que há duas posições extremas e utópicas:

1ª) pensar que, como diz, "modelos complexos respondem a afectos e a necessidades tendo, em simultâneo e desse modo, passado a considerar a coisa económica desligada da pessoa que dela deve fruir" ou como disse eu acima "esta economia neoliberal se esquecia que uma floresta era feita de árvores até a (se) destruir";

2ª) pensar que sem "O homem novo" se pode, mesmo nas actuais circunstâncias, construir o socialismo.

Assim sendo, falhando um e outro sistema e enquanto não se inventa outro, eventualmente conciliador destes dois extremos, ao menos que se vá pondo a física quântica ao serviço da economia/homem.

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