Quarta-feira, 14 de Janeiro de 2009
Sem mais hipocrisias, eu até acho que entendo onde o Cardeal Patriarca de Lisboa queria chegar quando afirmou que casar com muçulmanos "é meter-se num monte de sarilhos que nem Alá sabe onde é que acabam".
O que ele se esqueceu de dizer foi que não é preciso casar com um muçulmano para uma mulher ser maltratada. Basta casar com certos portugueses, a maioria deles mui católicos até.
De -pirata-vermelho- a 14 de Janeiro de 2009
...e vai você e lança as premissas de um problema e propõe as conclusões de outro!
Não acho, caro amigo. O problema é o mesmo.
Que o Sr Cardeal e a grande maioria dos seus companheiros de trabalho estavam a ficar ché chés, já quase todos nós sabíamos. Só que opiniões são opiniões e cada um tem as suas. Valha-nos o facto de a julgar pela plateia do Sr nesta palestra (pelo menos nos planos filmados pela C. Social) não se encontrarem mulheres casadoiras susceptíveis de serem influenciadas por tal discurso intimista.
Por ser tão insólita, a sua opinião acabou por ter divulgação nacional. Sinto-me por isso na obrigação de responder, afinal sou mulher e solteira, logo pertenço ao grupo que o Sr Policarpo queria de forma tão paternalista aconselhar.
Agradeço o conselho bem intencionado mas inútil. Inútil porque para alem de absurdo é no meu caso descabido. Pelo que conheço de mim, sei que nunca me apaixonaria por um muçulmano. A bem da verdade, nem por um muçulmano nem por nenhum homem de qualquer outra religião. Apenas fiquei com uma dúvida: E ser for por uma muçulmana? Persistirá o problema?
É uma excelente questão, Ferónica.
Nesse caso, provavelmente o Sr. Cardeal já consideraria não haver problema nenhum, desde que se casassem as duas com o mesmo muçulmano, assim em jeito de castigo divino.
É deixar o Alá fazer o trabalho sujo de as matar, ou assim, que o deus do Sr. Cardeal, como sabemos, é "todo misericordioso ".
Pois...Cá para mim é mais assim "casar-se com alguém é meter-se num monte de sarilhos, que nenhum Deus ou profeta sabe onde acabam".
A melhor maneira de, não conseguindo deixar de dar o nó, se sobreviver com relativa qualidade de vida, é casar com alguém que tenha, bem como a família, as mesmas origens geográficas, religiosas, económicas e socio-culturais que a nossa e que viva, de preferência na mesma cidade, bairro, etc.
Tudo o que possa minimizar os conflitos que inevitavelmente surgirão é bem vindo.
Credo, faltou-me o políticas e o gastronómicas!!!! Como pude esquecer-me de factores tão primordiais?!
E aquela tese tão popular da complementaridade dos opostos?
É tanga Ferónica, é tanga! Ou então é, por masoquismo assumido,o desejo deliberado de se meter em complicações mais diversas e profundas dos que as normalmente existentes!
De
Duca a 16 de Janeiro de 2009
E casar com uma brasileira com uma misturada de sangue europeu e índio tamoio que não liga nenhuma aos policarpos e outros "bentos"?
Ai kórror! Estou duplamente em pecado! Para além de ter casado com outra mulher, ela está-se literalmente nas tintas para o vaticano e para as várias interpretações do corão. Caneco! Agora é que assinei de vez o meu mergulho nas profundezas do inferno. Putz!
Encontramo-nos lá, querida Duca! Deve ser o lugar mellhor do mundo, se é para lá que tod@s @s meus amig@s vão!
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