Quinta-feira, 23 de Setembro de 2010

Dangling conversation

Esta semana acordei a pensar na Joan Baez, mulher emblemática que encheu toda a minha juventude com as suas canções.

 

Hoje, que é o primeiro dia do resto da minha vida, queria deixar-vos aqui uma música do Simon & Garfunkel, cantada por ela, que representa o fim de um ciclo.

 

Buraco tapado por Cosmopolita às 20:44
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25 comentários:
De Cosmopolita a 27 de Setembro de 2010
Ana, coloca uma questão muito interessante de facto.
Por um lado chama a minha atenção para a inexatidão dos conceitos que utilizei. Quando me refiro a verdades, quero antes dizer situações. As verdades são relativas, penso que não há verdades absolutas (a a não ser nas religiões e crenças e aí chamam-se dogmas) e cada verdade depende da posição do seu observador, que não é neste caso o nosso comentador. Touché!
Quanto ao seu conceito abstracto e passivo de sociedade, não posso vê-la da sua maneira, mas sim de uma forma dialética. A sociedade não está fora nem acima de nós, nós todos somos a sociedade. E temos ferramentas para não sermos instrumentalizados como refere, apesar de uma parte desta sociedade que é ou amorfa ou preconceituosa, ou reaccionária ou manipuladora, o tentar.
As nossas ideias não são sempre mera repetição ou reflexo de outras ideias, senão não teria havido evolução social, económica, científica e consequentemente civilizacional. Não consigo deixar de acreditar no materialismo histórico e na dialética. A dada altura, a história tem-no-lo provado, há uma altura em que a quantidade se transforma em qualidade e se dá um salto dialético para a a espiral superior.
Não se deixe padronizar quando tiver consciência disso. Eu não deixo, embora muitas vezes me apanhe em profundas contradições, como qualquer outro ser humano.
É por essas e por outras que já não acredito em partidos, embora a sociedade e a política se organizem à volta deles. Cada vez mais acredito em movimentos de cidadãos unidos pontualmente em torno desta ou daquela questão.
Mas estou de acordo consigo quando diz que este era um excelente tema para uma tertúlia!



De Ana Pais a 28 de Setembro de 2010
Claro que a sociedade somos todos nós!
Há, no entanto, algo que sempre me faz reflectir e que é o facto de que quando nascemos não somos adultos fazendo parte de uma sociedade formada por ideias e objectivos que usa instrumentos de padronização para a prossecução dos seus fins.
Quando nascemos, estamos completamente fora da sociedade como ela está organizada. Somos bebés, sem qualquer responsabilidade pela forma como a sociedade se nos apresenta.
Desde bebés que nos impingem conceitos, preconceitos, teorias, ideias, formas de comportamento, sistemas religiosos, sistemas sociopolíticos, o que é bom e o que é mau e toda uma panóplia de “verdades” que mudam consoante os interesses que vão surgindo.
Uma criança absorve tudo o que lhe vai sendo dito e que vai observando. Ela observa os progenitores e imita-os. Mais tarde, a instrumentalização social continua (não pára porque à sociedade como está organizada não interessa ter seres pensantes e originais) e a outrora criança segue o seu caminho de imitação dos outros até que começa a impor as ideias e comportamentos que lhe foram inculcados e que se lhe colaram de tal forma que passa a acreditar que são suas, que são originais. A manipulação é tão grande que confundimos o que fazemos com o que somos. Quantas vezes perguntamos a uma criança ou adolescente o que quer SER quando for grande? E o que respondem? Quero ser médico, engenheiro, advogado, bombeiro, etc. Não respondem: “quero ser eu!”
Não há como negar que todos nós passamos por isto! Assim como não há como negar que é muito, mas mesmo muito difícil não ser instrumentalizado. Estou mesmo convicta de que na grande maioria das vezes nem temos sequer consciência de que o estamos a ser. E tudo isto acontece porque necessitamos de ser aceites. Os nossos pais, os nossos avós, todos os nossos antepassados, tiveram a mesma necessidade.
Pergunto-me, então, essa evolução social, económica, científica e civilizacional, é original? Tenho dúvidas!
Repare que não defendo nem ataco correntes políticas ou religiosas porque elas todas, sem excepção, são resultado de interesses e instrumentalização. Nem sequer as qualifico de boas ou más porque esses adjectivos são também manipulados.
Por tudo isto, não deixo de sorrir quando oiço e vejo pessoas em discursos inflamados defendendo a liberdade!
Não é só a Cosmopolita que se apanha em profundas contradições! Somos todos nós, sem excepção! Não duvide disso!

De Cosmopolita a 30 de Setembro de 2010
Que céptica Ana! Embora também pense que a maioria das pessoas segue em manadas e adoram identificar-se com esta ou aquela manada. Eu sou uma outsider e tive sorte (ou pouca sorte conforme o prisma) de pertencer a uma família que não seguiu pelos caminhos já traçados.

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