... enquanto penso no jantar, afianço-vos que a Visão desta semana revela que a canção preferida de John Mc Cain é Dancing Queen dos Abba e que tanto ele como Barack Obama são canhotos.
Hã, nem a Sarah Palin consegue ser antropologicamente tão interessante!
PS - A Visão também aconselha que se vá descobrir o pompoarismo ao IV Salão Internacional Erótico de Lisboa. Eu como tenho amigas in high places que já me tinham instruido sobre isso, não vou.
Só vos queria dar a conhecer o blogue da minha irmã e de um amigo dela, emigrados para o norte da Holanda, ela, e para Nova Iorque, ele.
Inverteram o nome de uma conhecida editora de livros de bolso e criaram um relato de vivências em diferentes latitudes frias.
De que é que eu gosto no blogue da minha irmã? Bom, além de tudo o resto, ele tem um tema, e ainda por cima um que é praticamente inesgotável, pelo menos enquanto se conseguir achar graça às idiossincrasias de estar emigrado/a, ou seja, sempre.
E sim, tema é coisa que falta a este (blog) amiúde, uma pessoa mal se pode dar ao luxo de afrouxar a guarda e abandonar o terreiro senão ainda nos põem a casa num desses fundos de explorar a miséria alheia, quanto mais viajar para procurar temas e arejar a criatividade, e por isso é assim, só ler jornais, só ler jornais. Uma seca. O que é o jantar?
Não gosto que me chames criança. Só eu é que me posso chamar criança.
Estranhando a nossa ausência? Eu não vos terei ensinado nada? NUNCA estranhem a nossa ausência, nem..., aliás, principalmente quando tiverem passado três meses e começar a cheirar a qualquer coisa esquisita. Poupar-vos-á uma carga de trabalhos, vos garanto.
Podem, no entanto, desejar-me as melhoras telepaticamente que eu sinto, sou dessas taradas, ou às vezes dá-me gozo fingir que sou, pronto.
Melhor farão, no entanto, em desejar-me as melhoras rapidamente pela saudinha (mental) da Cosmo, essa santa mulher abnegada que tem que me aturar aos berros do sofá anunciando que preciso de mais chá e, ainda pior, suportar o ataque de tosse radioactivo que se segue a cada berro, bem como toda a sua produção tóxica.
Comprar bilhetes para o W. e, quando o filme está quase a começar, decidir não ir.
Como desatar a ressonar por entre o silencioso relaxamento final de uma aula de yoga.
Não que eu fosse capaz de semelhante coisa, visto que não alcanço relaxar tanto assim, e principalmente tão depressa, quando partilho o chão de uma sala estranha com outras dez pessoas.
No entanto, a minha crónica inaptidão para me fechar em mim própria e não me deixar afectar pelo que me rodeia, como a mestra me tenta incansavelmente ensinar, pode descambar, se alguém o fizer ao meu lado, num tal ataque de riso que, por muito que eu o tente extinguir, acaba por aniquilar toda e qualquer possibilidade de mais alguém conseguir relaxar. E isso é muito embaraçoso, convenhamos.
A proposta de Orçamento para 2009 propõe um regime fiscal excepcional para os Fundos de Investimento Imobiliário em Arrendamento Habitacional (FIIAH), com isenção de IRC sobre os rendimentos obtidos pelo fundo até 2014; isenção de IRS e IRC sobre os rendimentos dos fundos dos detentores das unidades de participação; dedução à colecta das rendas em sede de IRS; isenção de IMI para os imóveis que fiquem na carteira do fundo; e isenção de IMT nas compras desses imóveis.
Vejamos quem isto beneficia:
Isenção de IRC sobre os rendimentos obtidos pelo fundo até 2014: os bancos;
Isenção de IRS e IRC sobre os rendimentos dos fundos dos detentores das unidades de participação: os bancos e os investidores nos fundos;
Dedução à colecta das rendas em sede de IRS: ninguém fica consideravelmente "melhor" uma vez que os ex-proprietários já beneficiavam da mesma medida em relação aos juros pagos em empréstimos à habitação, juros esses que, na esmagadora maioria dos casos ultrapassam os 90% da prestação mensal;
Isenção de IMI para os imóveis que fiquem na carteira do fundo: os bancos;
Isenção de IMT nas compras desses imóveis: quem os comprar, o que não significa que sejam os ex-proprietários.
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, disse a propósito que as rendas dos imóveis desses fundos seriam "atractivas" e garantiu ainda que as novas regras para os fundos de arrendamento imobiliário permitirão que os proprietários que entreguem a casa ao fundo voltem a recuperá-la mais tarde, "quando tiverem condições económicas que o permitam". Assegurou ainda que a entrega inicial do imóvel ao fundo de arrendamento e a sua posterior recuperação pelo ex-proprietário futuro não terá "encargos adicionais". No entanto, caso o inquilino falhe o pagamento da renda por um período superior a três meses perde o direito à opção de compra do imóvel.
Estava-se mesmo a ver, não era?
Perante esta mina de betão, a CGD anunciou que já está pronta para lançar o seu FIIAH assim que o enquadramento legal o permita. Segundo Paulo Sousa, responsável pelo crédito à habitação da Caixa, "Este veículo de investimentos vai adquirir um conjunto de imóveis a famílias que têm alguma dificuldade em fazer face ao seu serviço da dívida e depois essas mesmas famílias vão arrendar o imóvel a esse fundo, sendo-lhes dada a opção de a prazo recomprarem o imóvel. Vamos criar condições para que o valor da renda seja mais baixo que o da prestação do crédito à habitação."
Quanto? Entre 20% e 25%.
Sendo assim, o mesmo responsável admite que "em certas situações algumas famílias poderão deixar de conseguir pagar a renda".
Realisticamente: "certas" famílias? Ou quase todas?
E claro que havendo incumprimento "serão desencadeados os mecanismos legais para resolver a situação" e que "se à partida aquela família não pode fazer face ao pagamento da renda, então será melhor encontrar outra solução que não a do fundo imobiliário".
Qual solução? Eu dou uma sugestão: para não alimentar mais as barrigas gordas desses chulos, vendam a casa no mercado, mesmo que abaixo de custo. Se ainda ficarem a dever ao banco, paciência, eles que desencadeiem os tais mecanismos legais.
O pior que vos pode acontecer, despojados de todos os bens como estão, desempregados, indigentes, velhos ou explorados, é o Estado arranjar-vos uma nova casa, com grades e tal, um bocado feia, pronto, mas ainda assim, o tecto que vocês precisavam. Só espero que as prisões, lares de 3ª idade, orfanatos e ruas em geral estejam prontos para receber a classe média.
O Estado garante a banca. Já as reformas dos contribuintes que pagam as garantias do Estado, essas não estão assim tão garantidas.
Se por um lado é deveras entusiasmante e cool ter um blog onde se "posta" de hora a hora e poder dizer por aí "Vejam só que actualizados que nós somos e tão intelectualmente produtivos e chegamos a todas e não deixamos escapar nenhuma", por outro, na blogosfera como na vida, coisas muito colectivas acabam sempre por dar chatices. As telenovelas exploram este modelo há décadas, mas os intelectuais desprezam-nas e consequentemente não aprendem estas evidências com o povo.
Isto só me reconforta por ser a prova de que mesmo os muito cool não escapam à condição humana, com todas as características mais ou menos desagradáveis que ela acarreta.
O 5 Dias acabou (?) / implodiu / explodiu desintegrou-se e redefiniu-se numa assumida crise pouco clarificada (provavelmente porque é demasiado telenovélica). No entanto, a sequela já está online com caras novas, não percam as cenas dos próximos episódios. Eu sei que eu não vou perder.
Adenda: Uma telenovela parecida andou a desenrolar-se aqui.
A distrital de Lisboa do PSD aprovou terça-feira à noite a candidatura de Pedro Santana Lopes à presidência da Câmara Municipal de Lisboa nas eleições autárquicas de 2009. Dos 33 membros da distrital que participaram, 29 estiveram a favor, 2 contra e dois votaram em branco.
Na minha (tendenciosamente neoliberal) faculdade nunca ninguém me explicou que o prémio geralmente conhecido por "Nobel da Economia" não é exactamente como os outros, ou seja, que se chama "The Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel" e não "Nobel Prize in Economics", mas pelo menos tiveram o bom gosto de me fazer estudar Paul Krugman.
Esta foi a sua reacção à notícia :)
É histriónico (sim, histriónico, vem de histrião, ou seja, homem hipócrita, abjecto pelo seu procedimento; charlatão; comediante; vil, farsante) como é que num país que se diz democrático e se quer justo e progressista, se vota no Parlamento contra a própria Constituição!
(Imagem gentilmente disponibilizada pelo Eduardo)
(via Estrelaminha)
Neste caso, refiro-me à Ana Gomes. Ver aqui, aqui e aqui. Uma pena, de facto, que ela não seja deputada à Assembleia da República. Mas pode ser que inspire alguém...
... para se chegar a conclusões destas. É de louvar.
A confirmar-se o que se adianta aqui, ou seja, que a próxima Lesboa está prevista para a noite de Ano Novo, parece-me uma excelente ideia.
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