Filho pródigo, longe dos meus olhos há já 3 meses, após penosas e aturadas diligências no sentido de o acordar e trazer para a mesa do almoço em pijama, às 15h 30m, anuncia após a refeição:
- Bem, então encontramo-nos à hora da próxima refeição.
A Citadina disfarçou um sorriso cúmplice e eu contemplei-o estupefacta.
O guarda-redes da Selecção. Eduardo, tem sido para mim, leiga do futebol, uma grande revelação. É um dos melhores jogadores em campo, não só do ponto de vista técnico, pois já vai no terceiro jogo no Mundial 2010 sem sofrer golos, mas também do ponto de vista humano, pela sua modéstia e por atribuir, e bem, a toda a equipa portuguesa o mérito desta "marca bonita", como lhe chama.
"Acima de tudo vale pelo colectivo. Não sofrer golos é sempre importante, pois temos mais hipóteses de ganhar e dá mais confiança para podermos marcar. Felizmente conseguimos o apuramento que era o principal objectivo e agora é seguir em frente. Mas ninguém faz nada sozinho. A equipa tem feito um trabalho notável, todos defendem e todos atacam, esse é um dos méritos desta equipa", diz ele.
Muitos parabéns pelo comportamento desportivo e ético!
Alguém pode dizer a esta pobre ignorante (em matéria de futebol, claro) se alguma vez, e quando, é que o Cristiano Ronaldo num jogo da Selecção Portuguesa marcou um golinho que fosse contra a equipa adversária?
É que tanto quanto tenho notado, o jogador muda drasticamente de melhor do mundo, quando é pago de forma obscena, para bailarino medíocre e caguinchas quando representa o seu país...
Por este andar, não há dúvida que só mesmo um milagre nos pode levar para além do 2º jogo do Mundial!
Numa altura em que a crise financeira mundial, que atravessa também a Europa da zona euro e a mergulha numa crise de identidade caracterizada, entre outras coisas, pela ausência de uma voz consensual comum, reconhecida e respeitada a nível internacional, pela forte retoma de políticas em que os interesses nacionalistas dos países se sobrepõem aos da União Europeia no seu conjunto, em que a crise da Grécia (e a ameaça de uma crise semelhante em Espanha, Portugal, etc.) faz vacilar toda a zona euro e preconiza o fracasso colectivo do projecto europeu, e em que o atraso na implementação de projectos agregadores e mobilizadores, nomeadamente o plano de resgate da Grécia, coloca em risco o futuro do euro, as questões que se nos colocam, abordadas tanto pelos partidos europeus de esquerda como pelos de direita são muitas e graves.
"Onde está o presidente do Conselho Europeu? O que está a fazer o presidente da Comissão? Existe um líder europeu para gerir a crise grega? Ou estão à espera de que o euro fracasse?", perguntava o deputado europeu francês Philippe Juvin, membro do partido UMP do presidente Sarkozy.
"Com a globalização, a questão é: o que resta do modelo europeu, do posicionamento da Europa na liderança mundial?", disse recentemente o secretário de Estado francês para a UE, Pierre Lellouche.
Daniel Cohn-Bendit, considera a gestão deste assunto catastrófica. Nascido em França mas de nacionalidade alemã desde os 14 anos, dirigente estudantil de extrema esquerda e figura emblemática no Maio de 68 em França, é, desde 1994, deputado europeu pelo partido ecologista alemão Die Grünen, co-presidente do Grupo dos Verdes /Aliança Livre Europeia alemão desde 2002, representante do Partido Verde Europeu desde 2004 e vice presidente do Movimento europeu – França desde 2007. Tendo passado na juventude pela Federação Anarquista e pelo Movimento Noir et Rouge, auto - intitula-se mais tarde de “liberal-libertário”. É dele o slogan do Movimento de Maio de 68 "Somos todos judeus alemães".
Oiçamos a sua intervenção, extremamente honesta e acutilante, neste vídeo em que analisa o papel da União Europeia relativamente à crise grega. “On est quand même complètement hypocrites!” diz ele. É tempo de fazermos uma introspecção rigorosa e de reflectirmos sobre as questões e desafios que se nos colocam, porque Cohn-Bendit tem toda a razão.
Dada a crise, o frio, a preguiça e sobretudo a ausência da Citadina, assisto, enroscada no sofá e perdida de riso, às marchas populares de Lisboa. O cameraman da RTP parace tão fascinado quanto eu por determinados figurantes. A minha auto-estima sobe em flecha ao comparar-me com alguns deles, e a forma empenhada como se abanicam até quase se desmancharem e a cantoria desafinada gritada a plenos pulmões faz-me descer lágrimas de riso pela cara abaixo. Bolas, como somos um povo feio!
De parabéns, no entanto, estão todos os que contribuem para que esta festa aconteça todos os anos: os figurantes dos diversos bairros, os coreógrafos, as associações organizadoras, a Câmara de Lisboa, a RTP, o Malato, etc., enfim, todos os que nela participam de alguma maneira. É uma das tradições que trará, seguramente, mais turistas a Lisboa, que sempre alegra os portugueses e que está cada vez mais bem organizada.
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