Quarta-feira, 14 de Julho de 2010

Dr. House

 

Seguimos esta série cá em casa e, de episódio para episódio, maior é a minha aversão ao Dr. House. Poucas vezes me foi dado ver uma pessoa que se distinguisse tanto pela negativa e que tivesse, simultaneamente, tanto e tão inexplicável êxito. É verdade que esse sucesso tem a ver também com toda a equipa. Os actores principais, Lisa Cuddy (Lisa Edelstein), Eric Foreman (Omar Epps), James Wilson (Robert Sean Leonard), Allison Cameron (Jennifer Morrison), Robert Chase (Jesse Spencer), e em papeis secundários, Thirteen (Olivia Wilde), Chris Taube (Peter Jacobson) e Lawrence Kutner (Kal Penn), desempenham na perfeição o seu papel.

 

Dr. House, o personagem brilhantemente interpretado por Hugh Laurie, como pessoa é absolutamente asqueroso. É um manipulador nato, um ditador desumano e esclavagista, crápula, mentiroso, arrogante, intrusivo, abusador, chantagista, obsceno a nível sexual,  intolerável enquanto chefe ou subordinado. Mistura de forma inaceitável e abusiva a vida profissional e pessoal, sua e da sua equipa ou chefias, com a vida profissional e pessoal de todos.

 

A sua genialidade, enquanto médico especializado em diagnósticos, deixa muito a desejar, pelo menos a mim que não sou médica. Se fossemos ver o custo dos meios de diagnóstico que ele utiliza por paciente, então a medicina teria, de facto, um custo socialmente insuportável. Sobretudo num país como os EUA em que estar doente é um luxo a que poucos se podem permitir.

 

Gostaria de ver um médico assim, a ter de fazer diagnósticos sem meios para o fazer, como acontece em muitos países do mundo. Aí sim, se mantivesse a genialidade, poderia perdoar-se-lhe algumas das suas fraquezas de carácter. Mas hélàs, o mundo está cheio de Dr. Houses que têm a visibilidade e o poder que têm, porque todos nós lhes damos créditos, elogiando-os e dando-lhes tempo de antena.

Buraco tapado por Cosmopolita às 16:13
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Sexta-feira, 9 de Julho de 2010

Trânsito e questões de ordem civilizacional

 

Leio regularmente o blogue do Eduardo. Não só porque sou amiga dele há muitos anos, mas também porque, independentemente da divergência de opiniões que possa haver por vezes entre nós, o acho interessante, factual, equilibrado e muito agradável. Eu, que sou viciada em transportes públicos, por razões económicas, sociais, de logística, de saúde, de ordem ambiental e outras, achei as questões que coloca neste seu post fundamentais.

 

Qual será o futuro das grandes urbes quando uma boa parte da população decidir, e tiver meios para isso, preterir os transportes públicos e optar por automóvel próprio? Qual será o impacto a nível ambiental através da emissão de CO2 e outros gases, a nível da possibilidade, eficácia e rapidez de circulação de pessoas e bens, de reflexo na saúde pública por aumento da poluição e dos níveis de stress e agressividade das pessoas, na economia a nível do consumo de combustíveis e necessidade de permanente construção de estradas, pontes, parques de estacionamento, silos de automóveis, etc.?

 

Há muito que acho que os países, os governos, as autarquias, as polícias e todas as entidades relacionadas com o trânsito, a nível mundial, se deveriam reunir e encontrar soluções comuns e eficazes para a solução desta "dor de cabeça", como dizem num certo país africano, onde eu, a pé, fazia em 15 minutos o mesmo percurso que um automóvel levava 50 minutos a fazer.

 

Ganhávamos todos em todo o mundo. É só olhar à nossa volta e fazer as contas.

Buraco tapado por Cosmopolita às 13:32
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Retroactividade

 

Li aqui, que Portugal vai reconhecer os casamentos homossexuais celebrados no estrangeiro antes da aprovação da Lei 9/2010 que aqui os permite.

 

Vá lá, que a retroactividade não se aplique apenas aos impostos, mas também aos direitos fundamentais dos cidadãos, já é uma grande vitória para um país como o nosso!

Buraco tapado por Cosmopolita às 13:16
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