Uma empresa espectacular (uau!!!!), amiga dos seus clientes (iupi!!!), atenciosa (bis!!), um exemplo a seguir (palminhas!).
Quem duvidar, tire aqui as suas ilações.
À semelhança daqueles que reagem a qualquer "Queira Deus" com um "Amén", sempre que ouço um megafone na rua propagar a sigla "C-G-T-P", também tenho tendência, confesso, a cantarolar baixinho "uni-da-de sin-di-cal". Por isso percebo que se digam estas ladaínhas sem pensar muito nelas, repetindo-as como naturais heranças de costumes.
Acontece que os meus costumes, neste caso, são um bocadinho menos parvos que um dogma religioso, quanto mais não seja porque não se baseiam em dogmas.
Eu acredito que a união faz a força, mas isso não é "porque sim", é porque faz mesmo.
É importante fazer greve amanhã para demonstrar a máxima força possível contra estas políticas indecentes que querem impor à esmagadora maioria do povo português.
Viva a greve geral!
Após termos descido a Avenida, entrámos na FNAC do Chiado e fomos surpreendidas por um grupo de jovens que, enquanto distribuía panfletos, gritava "Precários nos querem, rebeldes nos terão! May Day! May Day!". Li o folheto em questão, sentindo, uma vez mais, que os jovens de hoje têm carradas de razão em estar revoltados.
Esta manhã, ao ler a blogosfera, descobri aqui um post sobre o qual vale a pena meditar, e do qual não resisto a copiar um excerto de u m a entrevista a Zeca Afonso feita há 26 anos , que resume bem o que se está a fazer a esta sociedade e à sua juventude , e quanto foram subvertidos entretanto os valores de Abril. Ora oiçam:
Descer a avenida da Liberdade e emocionar-me com a História e as conquistas de Abril. Nunca esquecer.
Pasmei ao ver uma pseudo "tia" muito católica, tá a ver?, a manifestar-se na Av. da Liberdade, afirmando que não o fazia para discriminar ninguém ou para retirar direitos fosse a quem fosse, mas pela família.
Mas o que é que lhes dói? Não estão a a ser assediados, nenhum homossexual se quer casar ou constituir família com eles, ou quer?
Tal como já tinha sido previsto aqui, avizinha-se a tentativa de Golpe de Estado.
Acabei de assistir à entrevista que a Judite de Sousa fez ao Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Dr. Noronha do Nascimento. De sublinhar da parte desta, o péssimo e tendencioso jornalismo, a má criação quando gesticulava de óculos em riste, o corpo inclinado para a frente, os olhos coruscantes e acusadores, o tom autoritário e agressivo, as interrupções constantes ao que o entrevistado respondia, o desagrado e falta de respeito quando as respostas não eram as que queria e a ausência de neutralidade jornalística e política, que foram uma constante. Até parecia um julgamento em que o acusador fazia cair sobre o réu uma chuva de perguntas, não lhe dando sequer a oportunidade de se defender.
I Acto - A "não-notícia"
Toda a gente que tenha um mínimo de conhecimentos jurídicos sabe que cabe a quem acusa produzir prova do que diz. No caso da "não-notícia" de que tem falado o país, o JN fez muito bem em considerar que a crónica do Crespo não era um artigo de opinião sério até pela ausência de contraditório, mas um diz-que-disse, uma coscuvilhice, uma calhandrice, uma eventual difamação com direito a processo em tribunal e a eventual choruda indemnização. Há em todos os jornais sérios do mundo um departamento jurídico que verifica se as notícias o são de facto ou se podem ser consideradas acções de difamação, pelo que o Director do JN estava apenas a cumprir uma função que lhe compete tendo sido apoiado pela Redacção.
II Acto - A segunda vítima da censura
Repare-se que quem retirou a notícia foi o Crespo e não o JN que a censurou, coisa que toda a gente, a quem convém desvirtuar o que realmente aconteceu, parece ter esquecido. O Crespo auto-vitimou-se propositadamente. Para fazer de uma "não-notícia" uma notícia. Para ser, tal como a outra senhora (que, impunemente e porque era a "patroa" , perseguiu, censurou e insultou quem quis e lhe apeteceu), o motivo de conversa do país, mas, e sobretudo, para fazer parte de uma acção global concertada com duas vertentes essenciais: por parte da extrema direita contra o PS para assumir o controlo político da Nação e por parte de certos grupos financeiros para assunção do controlo económico e dos media em Portugal (em que estes dois "jornalistas" têm assento obrigatório, claro!). Como toda a gente sabe "a melhor defesa é o ataque". E Crespo, bom amigo do "nosso" Carlucci, não é ingénuo nem novato nestes assuntos.
III Acto - A conspiração
Tal como já se esperava, aparece a seguir à vitimização do Crespo a conspiração, contra cujos intervenientes, lutavam, implicitamente, as nobres figuras (dama e valete), entretanto derrubadas pelo regime! A partir daí quem quer que tente permanecer neutro em relação aos acontecimentos é cilindrado pela tal informação "livre". Lembra-me o que Staline fez com os companheiros de luta de Lenine: persegui-os e matou-os a quase todos! O truque é isolar/aniquilar quem não está do lado desta clássica manobra de (re)tomada de poder. E ir fazendo surgir, como figuras rectas, sensatas e imprescindíveis à democracia, outros intervenientes da política, salvadores da Pátria e candidatos a eleições num futuro próximo. Pergunto-mer com curiosidade e inquietação, quem está por trás de Crespo, Manuela Mouta Guedes e Moniz? A quem interessa afinal tanto a TVI?
IV Acto - O derrube
Quem me conhece sabe que não sou socialista, não milito em nenhum partido, não me revejo de todo na política de Sócrates e não o considero um democrata. Acredito que ele, e outras pessoas da sua esfera, em privado, possam insultar quem quer que lhes apeteça, dizer o que quer que pensem, fazer o quer que queiram que não seja ilegal. Como o faz o Presidente da República. Ou Manuela Ferreira Leite. Ou eu. Sem serem "bufados" por isso. Faz parte das regras de uma sociedade democrática. Tais factos não me retiram a lucidez e não me impedem de ver o que aqui se está a tramar. E desses "democratas" ocultos tenho medo, muito, muito medo!!! Esses é que são verdadeiramente perigosos. Como a história já nos demonstrou, depois de uma conspiração vem, quase sempre, um IV Acto. Observemos com atenção o que a seguir se vai passar e as posições que serão assumidas pelas diversas figuras de xadrez neste tabuleiro da política portuguesa.
Vi ontem, com os olhos cheios de lágrimas, um comentário sobre a Teresa e a Helena. Só as conheço dos programas de televisão, dos blogues e dos jornais. Conheço-as como duas mulheres que, desafiando toda uma sociedade hipócrita, intolerante, conservadora e repressiva, tiveram a coragem de dar a cara e de tomar a iniciativa de se dirigir a uma Conservatória para se casarem. Um símbolo que serviu de rosto a uma causa justa. E que, como todos os símbolos está a pagar o preço disso.
Dizia a peça, a dada altura, que a Helena e a Teresa estão a ser muito mais discriminadas socialmente e a nível do mercado de trabalho pelo facto de serem mulheres e homossexuais. Acrescentou o Sérgio que a discriminação era agravada pelo estrato socio-económico a que pertencem. Dolorosas e injustas verdades. Lembrei-me logo do poema "A invenção do Amor" de Daniel Filipe .
Vendo-as às duas, sozinhas e com as filhas, vendo as lágrimas que a Teresa já não consegue conter e a força que a Helena faz para não chorar também, senti uma enorme vontade de as abraçar e de lhes dizer que gosto muito delas, que lhes tenho um profundo respeito, que muito apreciaria se me quisessem como amiga e que não caiu em saco roto a coragem que tiveram para defender o amor que as une, o direito a constituirem uma família e a criarem as filhas numa sociedade mais aberta e tolerante, sem serem marginalizadas e sem ser posta em causa a sua dignidade.
Chocou-me a entrevista com a Ilga. Não as ajudou, porque elas não pediram. Pedir? Pedir??? A Ilga não percebe que a verdadeira ajuda é proactiva e desinteressada? Que elas não são mendigas? Que eles já deveriam ter contactado as outras Associações para que junto dos seus membros e dos seus lobbies conseguissem ajudar esta família, arranjando-lhes um emprego, garantindo-lhes alojamento e sustento enquanto não o conseguissem obter por si próprias? Afinal elas, com o seu gesto, fizeram muito mais pela causa do que as Associações todas com mil palavras!
Vamos tentar ajudar a Teresa e a Helena. Vamos criar um fundo de apoio e falar com amigos e conhecidos para ajudar esta família a ter uma casa, um trabalho e uma escola permanente para as duas filhas. Vamos contactar o Sérgio Vitorino das Panteras Rosa para ver se ele tem disponibilidade para organizar este movimento de solidariedade. Vamos a isso?
Espero, como disse aqui, que não haja hoje maiorias absolutas de nenhum partido em nenhuma autarquia.
Consensos precisam-se!
Do Programa de Governo do PS consta:
"Remover as barreiras jurídicas à realização do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo;" (página 76)
Esta é a parte boa.
No entanto, não consta nada sobre adopção por casais do mesmo sexo.
Ora isto, como se ilustra bem aqui, compromete direitos já consignados na lei.
É só uma ideia para reflexão.
Ora então vejamos: o Ministério da Saúde é liderado por uma Ministra do PS, certo? PS esse que promete prometer (é que é mesmo assim) viabilizar a igualdade no acesso ao casamento civil na próxima legislatura, não é? Mas já as outras igualdades, ah isso não, que isso é um grupo de gente esquisita e por muito bem comportadinhos que eles digam que são nunca se sabe, porque ser homossexual já é um comportamento de risco. O melhor é manter essa gente o mais afastada possível do nosso sangue.
Moral da história: é com políticas reais que se inferem as intenções reais.
A Alexandra Lencastre é lésbica?
O Ricardo Araújo Pereira é gay?
A Catarina Furtado é lésbica?
O Miguel Sousa Tavares é gay?
A Fernanda Câncio é lésbica?
O José Saramago é gay?
A Maria Rueff é lésbica?
O Joaquim de Almeida é gay?
Não, pois não?
E no entanto todos eles (e mais 5000 - and counting) assinaram a petição do MPI por uma sociedade mais justa, pela igualdade de direitos, contra a homofobia.
Porquê? Porque este não é um movimento fechado. Pelo contrário, o MPI é aberto a qualquer cidadão que acredite que os direitos devem ser iguais para todos, independentemente da sua orientação sexual. É um movimento pela justiça.
Portanto, leitor heterossexual, este assunto também lhe diz respeito.
Junte-se a eles, junte-se a nós, participando activamente neste momento histórico da nação portuguesa que é o caminho para a igualdade no acesso ao casamento civil.
Estamos quase lá e consigo estaremos cada vez mais perto! Obrigada.
(imagem roubada aqui)
O documento já está está acessível a todos para subscrição, depois da apresentação formal de ontem, no Cinema São Jorge, em Lisboa. Pode subscrever aqui.
O Movimento já está no Facebook e no Twitter.
A causa é justa, humana, beneficia muitos e não prejudica ninguém.
Precisa de mais alguma coisa, ou esgotaram-se definitivamente as desculpas para não subscrever?
"Alexandra Lencastre, Alexandre Quintanilha, Ana Bola, Ana Catarina Mendes, Ana Drago, Ana Gomes, Ana Marques, Ana Salazar, Ana Sara Brito, Ana Vicente, Ana Zanatti, Anabela Mota Ribeiro, Anália Torres, André Freire, António Avelãs, António Costa, António Marinho Pinto, António Pinto Ribeiro, Astrid Werdnig.
Bárbara Bulhosa, Bernardo Sassetti, Boaventura de Sousa Santos, Bruno Nogueira, Carlos Fiolhais, Carlos Poiares, Catarina Furtado, Catarina Portas, Clara Ferreira Alves, Dalila Carmo, Dalila Rodrigues, Daniel Oliveira, Daniel Sampaio, Daniela Ruah, David Fonseca, Delfim Sardo, Desidério Murcho, Diana Andringa, Diogo Infante, Duarte Cordeiro, Edite Estrela, Edgar Taborda Lopes, Eduarda Abbondanza, Eduardo Dâmaso, Eduardo Pitta, Eurico Reis.
Fátima Bonifácio, Fátima Lopes, Fernanda Fragateiro, Fernanda Lapa, Fernando Alvim, Fernando Rosas, Fernando Pinto do Amaral, Francisco George, Francisco Teixeira da Mota, Gabriela Moita, Gonçalo M Tavares, Graça Morais, Guta Moura Guedes, Helena Pinto, Helena Roseta, Heloísa Apolónia, Heloísa Santos, Henrique de Barros, Herman José.
Inês Castelo-Branco, Inês de Medeiros, Inês Pedrosa, Irene Pimentel, Isabel do Carmo, Isabel Mayer Moreira, Jamila Madeira, João Gil, João Luís Carrilho da Graça, João Salaviza, José Diogo Quintela, José João Zoio, José Luís Peixoto, José Manuel Pureza, José Maria Vieira Mendes, José Mário Branco, José Saramago, José Wallenstein, Julião Sarmento, Júlio Machado Vaz, Lena Aires, Leonor Xavier, Lídia Jorge, Lígia Amâncio, Lili Caneças, Luís Capoulas Santos, Luís Eloy, Luís Fazenda, Luís Filipe Costa, Luís Miguel Viana, Luís Osório, Mafalda Ivo Cruz, Manuel Graça Dias, Manuel Hermida, Marco Delgado, Margarida Gaspar de Matos, Margarida Vila-Nova, Maria João Luís, Maria João Seixas, Maria Isabel Barreno, Maria Rueff, Maria Velho da Costa, Marta Crawford, Marta Rebelo, Merche Romero.
Miguel Lobo Antunes, Miguel Portas, Miguel Sousa Tavares, Miguel Vale de Almeida, Nuno Artur Silva, Nuno Costa Santos, Nuno Galopim, Nuno Lopes, Nuno Markl, Odete Santos, Patrícia Vasconcelos, Paula Lobo Antunes, Paula Neves, Paulo Baldaia, Paulo Pena, Paulo Pires, Paulo Trezentos, Pedro Calapez, Pedro Marques Lopes, Pedro Nuno Santos, Pêpê Rapazote, Piet Hein Bakker, Ricardo Araújo Pereira, Ricardo Pais, Richard Zimler, Rosa Mota, Rui Cardoso Martins, Rui Pena Pires, Rui Reininho, Rui Rangel, Rui Tavares, Rui Zink, Sérgio Godinho, Sérgio Trefaut, Solange F., Sofia Aparício, Soraia Chaves, Teresa Beleza, Teresa Guilherme, Vasco Rato, Vera Mantero, Vital Moreira, Wanda Stuart, Xana, Zé Pedro.
(Estes são alguns dos mais de 800 900 subscritores do Movimento pela Igualdade e do respectivo manifesto a favor do casamento civil das pessoas do mesmo sexo, um movimento da sociedade civil que será lançado no domingo, dia 31, às 16.00, no Cinema São Jorge, em Lisboa. Mova-se também.)"
No Jugular e no DN, pela Fernanda Câncio.
Eu e a Cosmo também somos subscritoras e eu estarei no Domingo, no Cinema São Jorge em Lisboa, para assistir à apresentação formal do MPI.
Para que todos possamos (se quisermos) dar o nó. Com quem queremos.
(clique na imagem para aceder ao site da WhiteKnot Organization)
Não deve, decerto, estar a falar da Constituição da República Portuguesa, que diz:
no Artigo 13.º (Princípio da igualdade)
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.
e no Artigo 36.º (Família, casamento e filiação)
1. Todos têm o direito de constituir família e de contrair casamento em condições de plena igualdade.
Além disso, a última vez que verifiquei (e foi agora mesmo), Portugal era um estado laico, perceberam? Laico. Os senhores têm, de uma vez por todas, que aprender a viver com isso.
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