Desculpe, mas não percebi. O que foi que disse?
O sistema de segurança informática da presidência é vulnerável? E só hoje chamou os peritos para um diagnóstico? Em que planeta é que vive? Não sabe que há hackers que até entram no Pentágono? E só hoje se queixa? Tão oportunamente depois da inesperada derrota do PSD nas legislativas e a 15 dias das autárquicas? E quando pensa tomar providências?
Mas afinal o tal assessor escreveu ou não escreveu o tal mail a dizer que suspeitava de o vigiavam? Não indagou? Não comunicou à polícia?
E quem são as pessoas do PS de quem fala de maneira tão abrangente? Tem acusações concretas contra elas? Porque não procede judicialmente?
De toda esta sua comunicação só nos fica um enorme ponto de interrogação, o que não é nada ético em período eleitoral.
Recebi hoje por mail uma crónica, alegadamente de Rui Zinc, a que achei imensa piada. Sei que já prometi à Citadina mil vezes que não publicava textos inteiros de outras pessoas, mas como por um lado não encontro esta crónica para a poder linkar e por outro lado não resisto a dar-vo-la a conhecer, aqui vai ela. Espero que gostem apesar de que, como ele próprio diz, "não há piadas de bom gosto".
"O elogio do Swing
Querido Metro, havia uma canção dos GNR que rezava assim: Quero veeer/ Portugal/na CEE. Pois eu estou na mesma onda curta: sonho com um Portugal em que meio mundo encorne meio mundo. E porque não começarmos já hoje? Está um lindo dia, temos coisa que mesmo as democracias mais avançadas não têm, que é sol e bom tempo (quando calha). Portanto de que é que estamos à espera, minha gente? Uma das vantagens deste jornal é que sai logo de manhãzinha, o que permite planificar decentemente o resto do dia. No emprego, no trabalho, ou mesmo no desemprego, não é tarde nem é cedo para dar a merecida (e abençoada por Deus) facadinha no matrimónio. Ou na união de facto. Tem mais piada no matrimónio, mas na união de facto também marcha.
É que a infidelidade, mais que um direito, é um dever. Areja os poros, e devia ser receitada pelas melhores marcas de médicos. Apenas há uma regra: não ser apanhado. E aqui tenho de dar um puxão de orelhas ao nosso querido Cavaco Silva. É que ser apanhado com a boca nas escutas não é só imoral, é fatela. Só que os portugueses é a desgraça do costume. Figo não foi o primeiro jogador a trocar de clube, mas foi o único a merecer um ódio dos adeptos do tamanho da Catalunha inteira. “Pesetero!”, chamaram-lhe anos a fio, como se fosse crime perdermos o amor à camisola e escolher o clube que… nos trata melhor. Ora o amor é como a política: ser a mulher fiel não compensa, porque o pulha do nosso marido trata sempre melhor a amante. A única saída é sermos, então, nós mesmas a amante. E darmos, à hora do almoço (ou no elevador, ou na despensa, ou na sala de fotocópias), uma facadinha à maneira. Claro, pode ser até com o nosso marido. Não tem tanta piada, mas quem dá o que pode a mais não é obrigado. Os partidos, esses, aprenderam-no neste domingo. Acabou-se a fidelidade, queridos. A partir de agora o voto é volátil. E infiel. Quem hoje votou PP pode, na boa, amanhã votar CDU. Durante anos os eleitores fiéis viam o seu partido esfolar-se todo para seduzir os sonsos dos “indecisos”. Agora aprenderam a lição: até ao momento da urna SOMOS TODOS INDECISOS. Ou seja, finalmente o país atingiu um patamar superior de democracia: aquele em que os partidos nos têm de tratar, a todos sem excepção, como a amante que querem levar ao castigo. E nada de poupar nas flores, tá?"
O que o Povo quer mesmo é uma "política de Mentira".
Também conhecido por Paulinho das feiras, este exemplo acabado da manipulação e da mais baixa e primária demagogia, é um homem que não olha a meios para atingir os seus fins pessoais e a sua sede de poder e de protagonismo.
Este homem, que me lembra sempre o personagem Attila do filme de Bertolucci "1900", magistralmente interpretado por Donald Sutherland, aproveita-se de forma ignóbil da falta de memória, da ignorância, da ingenuidade e do conservadorismo que uma determinada parte da população mais desfavorecida possui para mentir, para intrigar, para manipular, para adulterar por completo o que os oponentes dizem, para dizer uma coisa e o contrário da mesma sempre que necessário.
Mas a verdade é que o "partido do táxi", graças aos seus shows, vai, segundo as sondagens, crescer proporcionalmente muito mais que outros partidos com propostas e actuações sérias. É de facto curiosa a forma como as tais ditas massas se comportam e como é fácil enganá-las.
Quero mais uma vez apelar à participação democrática. É muito importante. O seu voto conta mesmo. Se não votar, depois não se pode queixar que não conta para nada, porque não contar é o que escolhe para si se não votar.
(via Spectrum)
O que Louçã não foi bem sucedido a explicar ontem no debate com José Sócrates, na RTP1, o Daniel Oliveira explica (sobre benefícios fiscais) e o Zé Neves clarifica (sobre nacionalizações).
Elejo este o post mais idiota da silly season 2009. E aposto que @ leitor não me consegue indicar nenhum tão néscio.
Sendo assim, o prémio é um cagalhão. Já está no correio.
Adenda: Pronto, isto também ganha, ex aequo. Outro cagalhão.
A blogosfera "de referência" continua empenhada em ganhar as eleições.
Miguel Vale de Almeida será, salvo aconteça algum cataclismo, o primeiro deputado à Assembleia da República assumidamente gay, eleito pelas listas do PS como independente.
Não há como negar que isto é uma perspectiva altamente promissora para o universo LGBT português. Só não conhecendo o admirável percurso do Miguel como activista pelos direitos LGBT é que se poderia pensar outra coisa.
Eu não consigo votar PS por diversas razões, muitas delas já abordadas aqui no blog, talvez - especulo - da mesma forma que o Miguel também não se consegue filiar no PS.
Mas compreendo os objectivos do Miguel nesta decisão que tomou e louvo-os porque eles demonstram coragem e determinação em alcançar metas que constituirão um grande serviço público ao País.
Miguel Vale de Almeida não será o nosso único homem em São Bento porque, como sabemos, há outras bancadas parlamentares inteiras que lutam pelos direitos LGBT há muito mais tempo e de forma bem mais assumida e coerente que o PS, mas será uma voz de importância fulcral no combate às discriminações por questões de orientação sexual e uma voz assumidamente gay que nos representará com dignidade e seriedade e, por certo, muito respeitada.
Não agradeço ao PS - não há nada para agradecer - mas agradeço ao Miguel pela disponibilidade de se colocar ao serviço da causa pública, principalmente tratando-se uma causa tão exigente.
Perante o resultado das eleições europeias o choque só pode ter sido grande para a esquerda portuguesa, independentemente das subidas em percentagem e número de votos do BE e da CDU.
Para mim foi porque, pior que a vitória da direita a nível europeu, tive de assistir à vitória da direita a nível nacional, algo que poucos dias antes da ida às urnas parecia altamente improvável. E ainda porque, em relação a uma questão que me é cara, o que antes parecia garantido, de repente passou a ser bastante incerto. Falo da igualdade no acesso ao casamento civil.
Claro que não se pode avaliar um governo ou tomar uma decisão de voto apenas centrada neste assunto mas, se virmos bem, o que é este assunto? Um capricho, uma não-prioridade, uma luta de franjas? Ou uma questão de direitos fundamentais, de direitos humanos, de não-discriminação das minorias, de respeito e cumprimento efectivo da Constituição Portuguesa?
A igualdade no acesso ao casamento civil é, além do óbvio, uma medida de civilização e de qualidade da democracia e da sociedade portuguesa. E isso são indicadores essenciais para toda a gente, presumo.
Se a direita ganhar as eleições legislativas, teremos como Primeira Ministra uma pessoa declaradamente homófoba e uma defensora do liberalismo económico, o mesmo que afundou o mundo na crise em que está mergulhado. E não é com políticas dessas que o país vai passar a ser um país melhor, mais igualitário, mais justo, mais civilizado, mais próspero.
Portanto, a meu ver, é essencial que a esquerda ganhe as eleições. Mas que esquerda? Uma esquerda baseada na enfraquecida plataforma de apoio do PS, ajudada por quem escolhe o menor de dois males para governar o País (Sócrates ou Ferreira Leite)?
Ou uma esquerda plural mas que no seu conjunto garanta a maioria parlamentar?
Uma coisa é certa: é altamente improvável (para não dizer já impossível) que o PS sozinho consiga uma (outra) maioria absoluta parlamentar nas próximas legislativas. E eu até torço para que o PS ganhe ao PSD. Mas daí até lhe dar o meu voto, vai um abismo. Primeiro, porque, como pessoa de esquerda, me é impossível premiar quem não merece, esquecer as traições do passado recente e as políticas anti-sociais e, segundo, porque acredito que devo recompensar com votos as forças políticas que efectivamente lutaram e continuam a travar as difíceis batalhas por melhores políticas sociais, como a dos direitos LGBT, com consistência, perseverança, assiduidade e convicção.
Assim, só posso desejar que o trabalho pró-consenso para se atingirem compromissos que realmente sirvam a sociedade (em vez de servirem os partidos políticos), por oposição a autoritarismo cego e teimosia gratuita (dos mesmos) seja possível de pôr em prática e se torne uma realidade.
Esse trabalho será mais difícil, sem dúvida, mas eu assumo que gostava de / quero ver como corre. Quanto mais não seja para testar, de facto, certas teorias [a governabilidade só é possível com maioria absoluta de um só partido] que se apregoam por aí como verdades inquestionáveis.
Ontem fui-me deitar cedo, exausta, e tive um sonho absolutamente doido em que um Ministro se punha a fazer cornos para um Deputado em plena Assembleia da República, sob a mira de todas as câmaras televisivas e máquinas fotográficas do País, criando um grave incidente institucional, sendo por isso obrigado a demitir-se e gerando uma subsequente crise governamental a três meses das eleições legislativas, ou seja, já em pré-campanha, acto esse cuja última consequência era entregar o poder à Direita durante os próximos anos.
Vejam lá o disparate, como se fosse possível!
Infelizmente, José Mourinho não chegou ontem a Lisboa ao mesmo tempo que o menino guerreiro dava a sua entrevista televisiva de "I'm back like a nightmare", nem o realizador do noticiário em causa encontrou outro pretexto igualmente relevante para a interromper. Espero que ao menos tenha procurado.
Depois de o neo-liberalismo selvagem ter provocado uma das mais terríveis crises financeiras e económicas globais de que há memória, ainda temos de viver numa Europa de direita?
Mas que merda, não?!
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