Este post, reconheço, vem com algum atraso, mas só hoje é que me disseram que o mundial da África do Sul já acabou há um mês. E disseram que eu tinha tido muita sorte em não ter sido atingida por nenhuma vuvu-qualquer-coisa, não percebi.
Mas indo finalmente ao assunto: a pautinha, senhor@s, a pautinha é que interessa. E, no que toca à selecção portuguesa de futebol (a A, parece que é assim que lhe chamam), é uma final de um campeonato europeu e um quarto lugar num mundial contra... zero.
Há três anos foi a Duca que me desafiou a ir à Lesboa, "uma coisa nova" que surgia no cenário do entretenimento LGBT da cidade. Desde então, são raras as edições do evento que tenho perdido, evento esse que conquistou por mérito próprio um lugar incontornável como "happening" LGBT de Lisboa.
Hoje a Lesboa já não é uma "coisa nova", mas continua a ser uma coisa boa. Parabéns.
E então, como foi ontem o Maalouf na Gulbenkian? Que bom ter empreguinhos liberais que permitam assistir a essas coisas, não é?
Pois, o online e tal. Mas a malta trabalha, 'tá?
Depois não se esqueçam de dizer também como foi no Convento de Mafra, amanhã, só para meter nojo, sim?
Aproveiro para reproduzir aqui um excerto de um texto do Ricardo Santos Pinto, publicado no Aventar há uns dias, que era muito importante que TODA a gente lesse:
"(...) Pela primeira vez desde que existe a Marcha, tenho uma filha. E foi então que me ocorreu a seguinte pergunta: devem as famílias heterossexuais participar no evento e levar os seus filhos?
A resposta, como é óbvio, tem de ser positiva. Por várias razões: em primeiro lugar, de forma mais geral, por uma questão de solidariedade para todos aqueles que se vêem na necessidade de mostrar que são iguais aos outros e que reivindicam essa mesma igualdade na lei. De forma mais específica, penso que a formação de uma criança deve incluir o contacto com pessoas que pensam de forma diferente daquelas que normalmente a rodeiam. «Abrir os olhos» para outras realidades, aprender desde cedo a conviver com as diferenças, saber que gostar de pessoas do mesmo sexo é a coisa mais natural do mundo. Ganhar instrumentos para pensar com a própria cabeça quando for grande e ser a favor, se isso corresponder à sua consciência, do casamento gay» ou da adopção de crianças por casais do mesmo sexo.
Não é por isso, descansem os críticos, que ela será mais ou menos heterossexual. (...)"
Porque várias coisas se meteram no meio (eleições, destaques do Sapo, férias...) e porque o (meu) tempo não estica, ainda não tinha falado aqui sobre um ponto alto de um fim de semana (ultra)passado, que foi o jantar da blogosfera LGBT, organizado pelos meninos do Devaneios LGBT e gentilmente apoiado pela ILGA Portugal, que cedeu o espaço.
O convívio foi fantástico e o mais interessante foi ver os nicks ganharem rosto, claro. Mas ainda há uma nota extremamente positiva a fazer e que me tocou muito: terem comparecido vários bloggers heterossexuais, rejeitando-se assim uma postura de gueto e transformando a iniciativa numa reunião abrangente e, como tal, muito mais rica.
Venham mais iniciativas destas!
Em vez de ir comprar a revista fui à conferência. É caso para dizer que a curiosidade foi sol de pouca dura e alimentar o intelecto exige mais do que uma novidade impressa.
Cinco estrelas para os painéis a que assisti: "Direito ao coração: Discriminação das Relações Familiares das Pessoas LGBT" e a Sessão de Encerramento, moderada pela Fernanda Câncio e animada pelos representantes dos grupos parlamentares do PS, BE e PEV. Os outros, PSD e CDS, também foram convidados mas, claro, não compareceram.
E claro que o assunto "10 de Outubro de 2008" veio à baila. Foi interessante ver aqueles deputados admitir com frontalidade que o que move os partidos é, antes das causas justas, a estratégia política. Foi honesto. Mas por mais honestas que as pessoas individualmente sejam, e aquelas pareceram-mo bastante, as organizações em que estão inseridas e o próprio xadrez político não se compadecem das bondades individuais. A política não é uma coisa limpa.
Conferência “Políticas Integradas contra a Discriminação das Pessoas LGBT / Mainstreaming LGBT Anti-Discrimination Policies”
Centro de Informação Urbana de Lisboa (Picoas Plaza) - 27 e 28 de Março de 2009
Dia 1 Sexta-feira, 27 de Março de 2009
9h-9h30Boas-Vindas e Inscrição
9h30-10h Sessão de Abertura António Costa*, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Elza Pais, Presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género
Robert Jan van Houtum, Embaixador do Reino dos Países Baixos em Lisboa
Paulo Côrte-Real, Presidente da Direcção da Associação ILGA Portugal
10h-11h20 Painel 1 – em boas mãos: Segurança, Justiça e as Pessoas LGBT
Moderação: Miguel Pinto, Dirigente da Associação ILGA Portugal Intervenções: Paul M Cahill MBE, Chief Inspector, Presidente da Gay Police Association (Reino Unido) Victor Argelaguet, Guàrdia Urbana de Barcelona, Presidente da GayLesPol, Secretário da European Gay Police Network (Catalunha, Espanha) Fernando Grande Marlaska, Juez Instructor de la Audiencia Nacional (Espanha) Comentário: Rui Sá Gomes*, Secretário de Estado da Administração Interna (Portugal)
11h20-11h30 Pausa para café
11h30-13h Painel 2 – um pé na porta: o Acesso das Pessoas LGBT ao Trabalho e à Solidariedade Social
Moderação: Luísa Corvo, Coordenadora do Grupo de Intervenção Política da Associação ILGA Portugal Intervenções: Joke Swiebel, ex-Eurodeputada e ex-Presidente do Intergrupo LGBT do Parlamento Europeu (Países Baixos) Ronald Holzhacker, University of Twente, Senior EU Expert, Network of Socio-Economic Experts in Anti-Discrimination Luisa López, Division Director - Human Rights & International Affairs, National Association of Social Workers (EUA) Comentário: Edmundo Martinho*, Presidente - Instituto de Segurança Social, I.P. (Portugal) Alexandre Rosa*, Vice-Presidente - Instituto do Emprego e da Formação Profissional, I.P. (Portugal)
13h-14h30 Almoço
14h30-16h15 Painel 3 – mens sana in corpore sano: Educação e Saúde Inclusivas
Moderação: Maria José Alves, Associação para o Planeamento da Família/Médicos pela Escolha
Intervenções: Evelyne Paradis, Policy Director - ILGA Europe Rita Paulos, porta-voz e ex-Presidente da rede ex aequo (Portugal) José Maria Nuñez Blanco, Fundación Triángulo (Espanha) Comentário: Brigitte Degen, DG Employment Social Affairs and Equal Opportunities - Anti-Discrimination Unit (União Europeia) Jesuína Ribeiro, Subdirectora-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (Portugal)
16h15-16h30 Pausa para café
16h30-18h Painel 4 – bons olhos os vejam: Boas Práticas de Políticas Transversais Moderação: Paulo Côrte-Real, Presidente da Direcção da Associação ILGA Portugal Intervenções: Xavier Verdaguer i Ribes, Responsable - Programa per al col•lectiu de gais, lesbianes i transsexuals (Catalunha, Espanha) Els Veenis, Senior Policy Advisor - LGBT Policy Affairs (Países Baixos) Martha Franken, Senior Advisor – Coordinator, International Equal Opportunities Policies (Bélgica)
Comentário: Jorge Lacão*, Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros (Portugal)
Dia 2 Sábado, 28 de Março de 2009
11h30-13h Painel 5 – Corpo de delito: Identidade de Género e Discriminação
Moderação: João Pereira, Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género
Intervenções: Carla Moleiro, Professora de Psicologia Social – ISCTE; investigadora – Projecto TRANSformation (Portugal) Baastian Franse, Assistente Social - Transvisie, centrum voor genderdiversiteit (Países Baixos) Julia Ehrt, Co-Presidente – Transgender Europe
Comentário: Vasco Prazeres, Chefe de Divisão de Informação, Comunicação e Educação para a Saúde da Direcção-Geral da Saúde (Portugal)
13h-14h30 Almoço
14h30-16h30 Painel 6 – direito ao coração: Discriminação das Relações Familiares das Pessoas LGBT
Moderação: Maria José Magalhães, UMAR Intervenções: Robert Wintemute, Professor of Human Rights Law, School of Law, King’s College London (Reino Unido) Susan Golombok, Directora do Centre for Family Research, Cambridge University (Reino Unido) Ignacio Solá, Subdirector General de Promoción, Normativa y Desarrollo Social de la Dirección General contra la Discriminación - Ministerio de la Igualdad (Espanha) Miguel Vale de Almeida, Professor de Antropologia - ISCTE (Portugal)
Comentário: Elza Pais, Presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (Portugal)
16h30-16h45 Pausa para café
16h45-18h30 Encerramento
Faça a sua pré-inscrição pelo e-mail conferencia@ilga-portugal.pt
Entrada livre. Possibilidade de obter certificado de participação.
Mais informações e actualizações permanentes em http://www.ilga-portugal.pt/conferencia2009/
Associação ILGA PORTUGAL
Email: ilga-portugal@ilga.org
http://www.ilga-portugal.pt/
Centro LGBT Rua de S. Lázaro, 88 1150-333 Lisboa
Metro: Martim Moniz Autocarro: 790
Telefone: 218 873 918 | 969 367 005
Fax: 218 873 922
(via Tangas Lésbicas)
Shame on you, people who support Proposition 8.
E vergonha devem ter também todos os portugueses que não defendem a igualdade de direitos.
Muita gente "bem pensante" detesta o Carnaval. Por simples pedantismo ou trauma efectivo, as máscaras e as palhaçadas afiguram-se-lhes parvas, ridículas e até perigosas.
Pois bem, eu já fui uma dessas pessoas. E, de facto, há que admitir, existe uma quota-parte de patetice em alguém se vestir com trajes que nunca, em circunstâncias normais, usaria em dias de vida e ir desfilar para a rua, sujeitando-se a agressões como sejam ovos, bombinhas de Carnaval, tomates, faltas de educação e outros abusos.
Mas, como em (quase) tudo, o justo acaba por pagar pelo pecador e aquilo que o Carnaval tem de bom é ensombrado pelo que ele tem de nocivo. A crítica social desafiante e mordaz que abana as convenções e os regimes estabelecidos, como aconteceu no episódio de Torres Vedras, é desacreditada como política de intervenção, própria do Entrudo. E a diversão que pode advir de uma noite diferente, criativa e, no entanto, extremamente civilizada, como é o caso da Noite das Matrafonas (ou Matronas, ou Marafonas), também em Torres, é menosprezada.
É pena. Porque nem todas as formas de celebrar o Carnaval em Portugal são suspeitas.
Desde que experimentei, há dois anos, o Carnaval de Torres à sexta-feira à noite, tive - e fi-lo com prazer - de dar a mão à palmatória. O Carnaval não é só uma coisa parva. É também uma excelente oportunidade de nos despirmos de preconceitos e darmos largas à imaginação. E, porventura mais importante que tudo o resto nos tempos que correm, de nos divertirmos a sério e de testarmos se o nosso sentido de humor é abrangente ou apenas presunçoso.
A Lesboa Party decidiu, ou assim parece, "saltar" por cima do habitual balanço da festa (de fim de ano) e já está a anunciar a edição de Carnaval.
Boas notícias. Ainda bem que conseguiram aguentar o rombo. E a grande vantagem dos erros é o que muito se aprende com eles.
Quanto ao "esquecido" balanço, em boa verdade ele já tinha sido feito, não lá, mas aqui, portanto agora é passar à frente.
As anteriores edições de Carnaval foram felizes, com destaque para a primeira. Como eu já referi aqui, é mais difícil manter a qualidade que criá-la. Criar qualidade gera expectativas e a gestão destas não é tarefa fácil. Será até, porventura, um desafio só ao alcance dos melhores. É o que desejo que sejam.
As festas terminaram com a pouco concorrida Lesboa Party Passagem de Ano 2008/09 Gold Edition 2.0.
Esta foi, porventura a melhor produção de sempre. Estava simplesmente impecável. Temos de exceptuar aqui a música, que, ao contrário do que é costume, não estava nada de especial. Mas de resto, impressionantemente bom!
Então porque é que a festa foi um fracasso, perguntam vocês? Eu só vejo uma hipótese: o preço dos bilhetes. Sinceramente, nós também não teríamos tido possibilidade de ir se não tivéssemos convites. As entradas eram, em duas palavras, demasiado caras. Poder-se-á sempre contra-argumentar dizendo que as nossas eram circunstâncias particulares, mas será mesmo? Terá sido 2008 um ano financeiramente mau só para mim e para a Cosmo? Sabemos que não. A conjuntura económica prejudicou as intenções de muita gente, tenho a certeza, e estou convencida de que a história teria sido outra se o custo fosse ao nível do que se praticou aqui (aliás, várias fontes nos disseram que a Maria Lisboa estava a abarrotar de gente na passagem de ano).
Assim, a organização da Lesboa deve ter tido um rombo financeiro maior que o do casco do Titanic.
Era possível ter feito uma produção daquelas sem cobrar tanto dinheiro à entrada? Claro que sim! A prova cabal é o facto de a festa se ter realizado. Contar com ovos tão dourados ainda dentro do ânus da galinha é que foi um risco muito mal calculado. Uns ovinhos de prata tinham atraído muito mais gente (ia dizer galinhas, sim, mas contive-me a tempo).
Agora (de novo) a sério, espero francamente que isso não comprometa a continuidade do evento, a Lesboa não merece morrer desta forma. Além dos aspectos relacionados com a viabilidade económica do evento, nunca é demais sublinhar a componente de serviço público ao universo LGBTQ português que a Lesboa tem e presta.
Quanto a quem lá esteve, usufruir de tudo aquilo sem muita azáfama e confusão não terá sido nada mau. Para nós foi óptimo, com o bónus de termos conhecido pessoalmente as simpáticas autoras dos blogs Estrelaminha, ViagemLes e Troca&Tintas.
Um Feliz Ano Novo a@s leitor@s do Azinhaga em particular e aos blogueiros deste país em geral!
Se este fosse um blog politica ou socialmente correcto eu escreveria agora aqui umas ideiazinhas soft para enterrar de vez o assunto do Natal mas, em vez disso, vou reiterar, para que não se esqueçam daquilo que é a realidade, que o Natal como o conhecemos, na prática, não passa de uma cagada malcheirosa em três actos.
Festa da família o caralho. Se fosse festa da família, a família TODA participava, a família TODA ajudava. Assim, é só a festa que alguns escravos preparam para uns quantos lordes, que se limitam a sentar-se à mesa a enfardar e a estender o braço para receber prendas, deixando bem claro que não lhes dá absolutamente prazer nenhum estar com a parte escrava da família, para já não falar em colaborar.
E posto isto, eu estou em greve. Não faço mais nada, não organizo mais nada, não cozinho mais nada, não convido mais ninguém lá para casa. Provavelmente vou engolir estas palavras dentro de dois dias apenas mas, até lá, bato no peito como um gorila. Não interessa. Não faço mais nada.
E vou, vejam bem, a uma festa!! Finalmente esta que vos serve vai divertir-se, numa festa que alguém, que não eu, organizou. Uma festa que vai ter música para eu dançar e, com sorte, até um belos pares de mamas, aconchegados por indumentárias elegantes, para eu admirar e ser infiel em pensamento. Por acaso eu sei que a minha mulher (e o resto da Humanidade) pensa exactamente da mesma maneira por isso poupem-me e deixem lá de se armar em virtuos@s, foda-se para as moralidades, caralho, estou farta.
Mal educada? Mal educada uma merda. Eu pelo menos utilizo os palavrões com propriedade e relevância. E elegância, às vezes, sim, sim, elegância. E muita graça, claro.
Bom, mas isto não é sobre de que é que eu estou farta (embora engane os mais distraídos, tenho consciência) , é sim sobre a festa a que eu vou e que não tenho de organizar. É só pagar e entrar. Nem isso, porque me convidaram, muito simpáticas, as moças (nota mental para depois não vir aqui desancar naquilo, mesmo que seja um nojo, as casas de banho já sei que vão ser mas pronto, não fica bem dizer mal depois de me empanturrar à borla e além disso há sempre a mata, que cheira melhor).
Os lisboetas que queiram tentar recrutar uma lésbica para o menáge à trois (já repararam que "trois" um bocado invertido fica "trios", ah, ah, ah, esta foi boa) que prometeram ao cônjuge como prenda de Natal são muito bem vindos, nós gostamos de vos observar e gozar convosco.
De fora de Lisboa, só as gajas são bem vindas, e lésbicas de preferência. Ou não, Pensando bem, as outras também podem vir. É, venham, venham.
E o que era mais? Era só isso. Eu vou lá estar, e gira, muito gira, e muito bêbeda também, como é costume, afinal esta merda é uma festa ou é uma missa? Acontece que eu sei beber, ninguém nota a não ser por um assinalável incremento qualitativo do meu sentido de humor, pelo menos enquanto se conseguir perceber aquilo que eu digo. Depois disso, farei palhaçadas gestuais igualmente engraçadas.
A ver mas é se não perco o fogo de artifício, que dali de cima deve ser muito romântico.
A confirmar-se o que se adianta aqui, ou seja, que a próxima Lesboa está prevista para a noite de Ano Novo, parece-me uma excelente ideia.
Em honra do futuro chumbo parlamentar do próximo dia 10 de Outubro, uma possível leitura política para dress-code branco é haver muita gente que se quer casar e não pode, embora a cor da virgindade ali, seja simbólica, mesmo SÓ simbólica...
Por mim espero que a festa se cubra de todo o espectro de tonalidades e brilho porque a Lesboa está, mais uma vez, de parabéns!
É já na próxima 6ª feira, no belíssimo Pavilhão de Exposições do ISA.
Tenho de me decidir de uma vez por todas se vou virgem ou não para o concerto da Madonna. Por um lado irrita-me um bocado que adolescentes histéricas ousem olhar-me com ar de nojo por eu não saber de cor as letras todas, nem quem é o não sei quantos timberland. Por outro, e visto que em breve vou ingressar num curso de ioga, perdão, Yôga, para principiantes, estou tentada a considerar a hipótese de existir uma razão metafísica para eu andar há dois meses a tentar comprar o último CD dela e até agora não me ter sequer conseguido aproximar de uma discoteca.
Se calhar vou morrer durante o concerto e é por isso que não vale a pena a despesa. Ou então, não conhecendo uma única composição do alinhamento Pegajoso e Doce, à excepção, talvez, de Borderline, vou poder apreciá-lo como ninguém. Se calhar vou-me chatear de morte e andar à porrada com um janado de Canal Caveira que me tente surripiar uma nota de vinte do bolso de trás. Se calhar a minha mulher vai começar por descompor o grupo de Canal Caveira e a meio do concerto já serão amigos para sempre e o tal janado estará com ela às cavalitas a pular como um doido.
Enfim, não sei. Se compre, se não compre, se ouça, se não ouça.
Andei, na Internet, à procura de reacções à Marcha do Orgulho LGBT 2008 e Arraial Pride de Lisboa.
Não encontrei nada extremamente interessante, devo dizer, pelo menos nada que fosse além das etiquetas "marco histórico", "visibilidade" e "festa". Talvez ainda seja muito cedo (ainda não passaram dois dias) ou talvez o evento se tenha resumido - sem subestimações implícitas, uma vez que as referidas qualificações não deixam de ter o seu valor - a isso mesmo.
No entanto, inclino-me a julgar que os debates mais empolgantes sobre o tema se dão a um nível com uma visibilidade porventura menos imediata, mas que a mereciam toda.
É o caso das reflexões consignadas neste texto assinado por Sérgio Vitorino, que originaram esta reacção analítica e construtiva de Miguel Vale de Almeida.
Qualquer dos textos é um marco no pensamento filosófico, antropológico e social sobre a temática LGBT em Portugal e dão-nos, ambos, a oportunidade rara de "beber" do confronto de ideias de dois dos mais importantes activistas portugueses pelos direitos LGBT.
Adendas:
Há aqui um texto que apresenta uma interessante prespectiva sobre os slogans da Marcha, com a qual, aliás, eu estou plenamente de acordo.
E para este post vai o primeiro prémio na categoria "nota de humor" (via Da Literatura).
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