Quarta-feira, 10 de Fevereiro de 2010

O estranho caso da criança desaparecida

Sou adepta de policiais desde os meus 9 anos e penso que cheguei a ter a colecção Vampiro praticamente completa. Deixei de a comprar quando esta editora, em claro detrimento da qualidade das obras e para poupar uns tostões, passou a contratar uns analfabetos para lhe traduzir os livros, o que tornou a leitura destes num penoso e ingrato esforço, em vez de numa actividade lúdica.

 

Segui na altura com muito interesse e aflição o caso da Madeleine McCann e concordo inteiramente com Gonçalo Amaral. Aquilo em que o casal McCann está a apostar é no benefício da dúvida relacionado com o facto de a ciência ainda ser incapaz de dar resultados com 100% de fiabilidade. Se havia imensas coisas que não encaixavam e que eram estranhas na cena do crime, então a descoberta pelos cães de manchas de sangue num carro, que só foi alugado pelos pais 20 e tal dias após o desaparecimento de Madeleine, e de mais manchas de sangue da criança já lavadas na parede da sala, fez que as peças se encaixassem como num puzzle.

 

Estava convencida, como muita gente, que um trágico acidente teria causado a morte de Madeleine, mas a permanente recolha de fundos pelos pais a nível internacional, a violenta campanha orquestrada pelos McCann contra Gonçalo Amaral, o embargo do livro deste "Maddie - A Verdade da Mentira", as indemnizações pedidas,  fez-me deixar de ter qualquer espécie de pena deste casal. Oxalá a verdade venha ao de cima e se faça justiça!

Buraco tapado por Cosmopolita às 12:04
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Quinta-feira, 29 de Outubro de 2009

O filho da puta

O que mais me chateia nesta polémica àcerca do livro de Saramago, "Caim", é o facto de as pessoas se insurgirem por ele achar que um Deus, descrito como um louco fanático e arbitrário, que é capaz de mandar um irmão matar outro, um pai matar o filho, de destruir cidades, promover o incesto e a pedofilia, etc., é um rematado filho da puta!

 

E chateia-me ainda mais que Saramago, sabendo bem quão provinciano, mesquinho e hipócrita é o país e a mentalidade desta gente, tenha acedido em considerar um exagero o epíteto de "filho da puta" que usou. Quase como Galileu Galilei.

Buraco tapado por Cosmopolita às 18:08
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Quarta-feira, 16 de Setembro de 2009

Lista de Natal - há que começar cedo

O livro que me custou mais ler na vida, cada um com o seu, foi A Costa dos Murmúrios. Tentei duas vezes, larguei de ambas a dois terços do fim. Tentei uma terceira e teimosamente consegui. Alguém me podia ter dito que o livro só ganha interesse nas últimas cinquenta páginas, que é quando se clarificam todas as paranóicas tramas, que este era um daqueles livros-puzzle com imagens esborratadas e ausência de fios condutores. Pelo menos assim saberia que havia um prémio no fim, uma compensação pela perseverança.

Influenciada pela demência da narrativa e num acto que considero abjecto em teoria, mas que me deu muito alívio na prática, fui-o destruindo à medida que o lia, arrancando página após página à cola da lombada para me vingar do suplício. Quando o acabei, olhei para o destroço e pensei "Foda-se. Agora a quem é que eu vou cravar um novo?".

Buraco tapado por Citadina às 15:17
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Sexta-feira, 11 de Setembro de 2009

Quer-se rir?

Leia isto.

Buraco tapado por Citadina às 14:25
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Quarta-feira, 15 de Julho de 2009

Memórias

Há posts da Citadina que me trazem à ideia memórias antigas, mas nem por isso menos válidas.

 

E que me dão uma vontade louca de explicar por que razão, passados tantos anos e apesar de tudo, continuo a acreditar em Marx e Engels e no processo histórico! Chega a ser chato, porque praticamente nada é imprevisível ou inexplicável.

 

Um destes dias, quando tiver tempo, dissertarei sobre isso, num melancólico passeio ao que aprendi no passado e no meu dia-a-dia.

 

E não, não seria já capaz de acasalar com pessoas apolíticas ou de direita, nem pensar!

Buraco tapado por Cosmopolita às 22:31
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Quinta-feira, 9 de Julho de 2009

Inveja

E então, como foi ontem o Maalouf na Gulbenkian? Que bom ter empreguinhos liberais que permitam assistir a essas coisas, não é?

Pois, o online e tal. Mas a malta trabalha, 'tá?

Depois não se esqueçam de dizer também como foi no Convento de Mafra, amanhã, só para meter nojo, sim?

Buraco tapado por Citadina às 10:32
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Quarta-feira, 24 de Junho de 2009

Coragem

Se me perguntassem qual a característica essencial para produzir literatura de excelência, original e marcante, era o que eu respondia: imensa coragem.

Buraco tapado por Citadina às 11:02
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Terça-feira, 13 de Janeiro de 2009

Dicionário

Eu consulto muito o dicionário. Aliás, eu adoro consultar o dicionário. Vários dicionários. Pode parecer uma coisa chata, mas acreditem, é espectacular.

Normalmente, a premência da consulta instala-se quando me cruzo com palavras que conheço bem, mas não ao ínfimo detalhe. Isto não sucederá amiúde a quem não tenha o hábito de ler, mas a quem tenha e ainda por cima seja obsessivo-compulsivo, há que dizer com frontalidade, corre-se o risco.

Por exemplo: "neurótico". Toda a gente sabe o que significa neurótico, mas quantos de vocês, estimados leitores, podem afirmar que conhecem a fundo a classificação gramatical, etimologia, sinónimos e aplicações correctas da palavra?

Eu tive que ir ver se neurótico era mesmo o que eu pensava quando li um texto que mencionava "almoços neuróticos", mas no dicionário, e achei isto uma lacuna assinalável, não vem referência nenhuma ao meu ambiente profissional...

Buraco tapado por Citadina às 10:14
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Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2008

Desafios literários

Emitida em estéreo, a proposta é:

 

1. Agarrar o livro mais próximo.
2. Abrir na página 161.
3. Procurar a 5ª frase completa.
4. Colocar a frase no blog.
5. Não escolher a melhor frase nem o melhor livro!!! Utilizar mesmo o livro que estiver mais próximo.
6. Passar a 5 pessoas.

 

Só uma ressalva:

 

Ponto 5. : ninguém quer saber o que diz o livro mais próximo de mim neste momento, seja em que página for, afianço-vos. Recuso-me a fazer isto com aquela cagada.

Vou, por isso, utilizar os livros que eu e a Cosmo estamos a ler (por prazer), sempre dentro do espírito do Mestre que posso eu fazer, que prazer ter uma data de regras para cumprir e quebrá-las todas.

 

Assim, do meu livro:

 

" "O sultão não pensa senão em traição", disse-lhe um hindu."

in: A Primeira Aldeia Global, Martin Page, 2008, Casa das Letras

 

Isto foi um aviso para Afonso de Albuquerque, que andava nos idos de 1500 (e 2) a negociar entrepostos comerciais na Índia (versão oficial) / a foder grandemente os árabes (interpretação minha).

 

Do livro da cosmopolita:

 

"Olhei em volta, à procura de alguém a quem gritar a minha felicidade, e lá estavam, imóveis entre a bruma de um canal flamengo, as sombras do meu pai e do capitão Alatriste."

in: O Ouro do Rei, Arturo Pérez-Reverte, 2008, Edições ASA

 

Isto sim, obra de um futuro Nobel da Literatura, vos garanto.

 

Quanto ao ponto 6. suponho que seja passar a 5 pessoas que tenham blog, não é? Está bem, então vou passar a 10:

 

Tulipa, do América Europa;

Andarilha do Andarilha Estelar;

AR do Lésbica: Simples ou com Gelo?

Ferónica do Limão Cascudo;

Metade d' A Metade do Desejo;

Garamond d'A Namorada Bélsbica;

Nnannarella;

Bluebird do On and On;

Duca do Tempus Blogandi;

Viz / Inha do As Vossas Vizinhas.

 

Pronto, acho que não conheço mais ninguém que me possa mandar à merda de viva voz.

Buraco tapado por Citadina às 18:24
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Terça-feira, 26 de Agosto de 2008

Curiosidades literárias

Jack London escreveu em 1915 um conto de ficção científica chamado "A Peste Escarlate".

A acção decorre em 2072 e reporta-se a uma epidemia apocalíptica que toma lugar em 2013. Um velho sobrevivente relata os factos aos seus netos, que vivem na floresta, em estado selvagem:

 

"Achei-me só em casa, uma casa muito grande. Esperava o regresso de meu irmão quando retiniu o telefone. Naquela época [2013], como já disse, as pessoas podiam comunicar entre si à distância por meio de fios que se esticavam pelo ar ou debaixo do chão, ou mesmo sem fios".

 

in A Peste Escarlate, Jack London, 1915

Tradução de Maria Franco e Cabral do Nascimento, Edições Quasi

 

Buraco tapado por Citadina às 17:57
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Quarta-feira, 25 de Junho de 2008

Entrevista imaginária a Paul Auster

Eu: Como se sente, constituindo um exemplo acabado daquela ideia de que a demência (no seu caso, gritante) e a genialidade andam muitas vezes de mãos dadas?

O cabrão: Pensei que vinha falar sobre a minha obra e não responder a perguntas desse género...

Eu: Mas o senhor É a sua obra! O senhor, felizmente, só existe através da sua obra. O senhor, se não soubesse escrever, já estaria preso ou internado há muito tempo porque decerto andaria pela vida a afirmar-se através de actos potencialmente mais macabros, para os quais a sua tendência é notória...

O cabrão: Bom, se calhar era melhor acabar esta entrevista aqui...

Eu: Então está bem, seu filho da puta, fuja lá desta experiência não controlada, que só não lhe está a agradar porque não foi o senhor que a concebeu, e já agora obrigadinha pelas noites atormentadas que me causou com a merda dos seus livros insignes e a sua mente psicopata.

O cabrão: Bom... Se calhar não me vou já embora, isto afinal pode ser interessante. A senhora começa a comportar-se como algumas das personagens que vivem dentro da minha cabeça...

Buraco tapado por Citadina às 13:29
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Segunda-feira, 19 de Maio de 2008

Cal Submersa

Consta que esta senhora vai publicar um livro.

Isso explica muita coisa, nomeadamente um lato desaparecimento. Não que se justificasse explicação alguma, não se trata de necessidade e muito menos de obrigação. Trata-se apenas de entender melhor as razões para tamanha acumulação de saudade.

Compreende-se agora que andou a fazer o que melhor sabe (tanto quanto alcança o meu conhecimento, longe de mim privá-la de alguma virtude!).

O livro chama-se Cal Submersa. Escusado será dizer que mesmo que se chamasse "Poia Cor de Rosa - um ensaio sobre detritos tóxicos" eu iria comprá-lo na mesma, porque a amizade é assim.

Mas não. Chama-se Cal Submersa. O que só por si me levaria a comprá-lo, mesmo que não fosse amiga de nenhuma das autoras.

De qualquer das formas, o Cal Submersa junta-se à colecção dos objectos incontornáveis da minha vida, sendo que este é um objecto futuro (e os objectos podem ser coisas apenas palpáveis ou podem existir muito para além do tacto, como é o caso dos livros).

Quanto ao blog da Nnannarella, como mudou de nome, também vai mudar de sítio aqui ao lado na lista de links. Vai para o N, onde sempre devia ter estado, porque a alma é quem manda.

Buraco tapado por Citadina às 14:41
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Terça-feira, 26 de Fevereiro de 2008

Do amor e outros demónios

Tenho estado a ler o livro referido neste post e registei algumas passagens curiosas (e eventualmente controversas - you tell me).

"O jazz, lembremos, está erigido sobre dois pilares. O espaço harmónico e a improvisação; a plataforma sonora e constrangida e a presença de uma melodia e de um ritmo libertadores: norma e dissidência. O jazz, como todos os sistemas estéticos, é definido por este jogo intermitente de imposição e oposição. Mas em todos os campos da alma – quer falemos de música, de literatura ou de amor – cada indívíduo, todos nós, sonha, sonhamos, praticamente exigimos, a partir da norma, a improvisação. O que esta manifesta é um impulso para a liberdade, para o próprio critério. Esse é o atributo máximo do jazz.

E, nesse sentido, também o jazz é como o amor. Porque é verdade que não há nada mais opressivo do que um terreno limitado, mas não há nada mais apaixonante do que subvertê-lo. O amor improvisa-se a cada dia, e a verdade é que, se quisermos sobreviver sentimentalmente, devemos converter-nos em dissidentes do amor, na vanguarda do amor, aprender e executar maneiras diferentes de o interpretar.

A sociedade ocidental está pejada de junkies do amor. Ou melhor, junkies de um conceito de amor muito particular que não tem nada a ver com a ideia de uma relação livre, sã, consensual e mutuamente respeitosa entre duas pessoas, mas sim com a de uma desordem esgotante e conturbada que prejudica, inicialmente, o bem-estar emocional e, por fim, a saúde e a integridade física. Nesse sentido, o amor é a droga mais dura.

O amor a que este junkie tão especial fica agarrado está enfeitado com as ilusões do eterno. Todos os especialistas da paixão no-lo dizem: não há amor eterno se não for contrariado, não há paixão sem luta, mas esse amor só termina na última contradição, que é a morte. Há que ser Werther ou nada. Há também muitas maneiras de se suicidar, uma das quais é a dádiva total e o esquecimento da própria pessoa. Aqueles a quem um grande amor afasta de toda a vida pessoal empobrecem-se e empobrecem, ao mesmo tempo, aqueles que escolheram para objecto do seu amor. Os que dão tudo por amor têm, necessária e paradoxalmente, o coração seco, pois está afastado do mundo.

E, como cereja deste bolo, surge como decoração e bem no alto o grande mito do século XX, o do amor eterno que afirma que o amor verdadeiro, o sublime, o autêntico, o original (recuse as imitações), ultrapassa tudo e tudo pode. Este mito deixa-se ver na maior parte dos nossos filmes e romances. Bem como na complacência que despertam e nos sonhos que geram e sustentam, e bebe da mesma fonte que a crença em que o amor é mais destino que vontade, que se sente mais do que se constrói e que nos há-de consumir com o mais puro e verdadeiro fogo que arrasa à sua passagem, com felicidade, as convenções, a sociedade e a moral. Racionalmente, todos e todas sabemos que a paixão e o desejo acabam, que a vida em comum é complicada e implica uma negociação constante, que a convivência transforma irremediavelmente o desejo selvagem em simples afecto, por mais que este possa ser muito mais profundo que os laços físicos. Sabemos que o amor é uma coisa, mas fantasiamos com outra: um amor eterno, único e permanente no tempo. Esta é uma fantasia muito perigosa porque conta com o apoio social e se refere à ideia de amor para toda a vida que impede o realismo afectivo e exige de quem ama uma entrega incondicional, sem reservas, auto-destrutiva.

Uma relação dependente dá-nos a sensação de termos pelo menos uma pessoa com quem podemos contar e de pertencermos a alguém. Uma certa segurança emocional, por mais artificial que seja.

Mas alto aí: não existe família não problemática, dado que todas o são.

...Porque a maioria das pessoas, (...), cresceu em famílias com problemas mais ou menos graves e, se cada um de nós pensasse que a raíz dos nossos males foi adubada no fértil terreno das disfuncionalidades da nossa casa, estávamos feitos. É que se cada um de nós responsabilizar outrem (família, chefe, namorado, sociedade...) pelos seus problemas, estaremos a delegar nesse outro a sua solução, e assim não há forma humana de sair do atoleiro.

Mas há uma coisa muito simples de entender:

SE NÃO É FELIZ NUMA RELAÇÃO,
ESSA RELAÇÃO NÃO LHE SERVE.

E ponto final.

Só pode dar-se e receber-se livremente. Por isso, é muito perigoso equiparar o amor à posse. Uma pessoa deve estar ao nosso lado porque decidiu e não porque lho imponhamos....... Desta forma, não se pode exigir o afecto ou o compromisso só porque “tu és meu” ou “eu que te dei tanto” ou ninguém vai amar-te como eu”. As chantagens sentimentais nunca conduzem a parte alguma. Sufocam quem as recebe e denigrem quem as exerce."

 

Buraco tapado por Cosmopolita às 13:11
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Sexta-feira, 15 de Fevereiro de 2008

A convocação

O que é feito de Ronan? Where have you gone, man? O que esperas agora que façam os urbano-depressivos dos anos 90, em fome de ti há quase uma década?

Precisamos de ti, Frank. Isto é a sério. Não me sinto próxima de Deus desde que Ele, pela tua mão, escreveu aquele romance autobiográfico que se baseava numa canção chamada Dixie Chicken.
 
Buraco tapado por Citadina às 10:14
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Segunda-feira, 11 de Fevereiro de 2008

Voto a Deus

A expressão é de uma estética inabalável. Remete-nos inexoravelmente para o obscurantismo medieval se pensarmos muito nela, é certo, mas por isso mesmo soa-me a insulto sofisticado. É como dizer: por mim ardias numa fogueira.

É uma teoria que aparenta ser corroborada por especialistas de época, como os inefáveis Íñigo  Balboa y Aguirre e seu amo, o Capitão Alatriste.
 
Buraco tapado por Citadina às 11:10
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Sexta-feira, 14 de Setembro de 2007

Livros da minha vida (um deles)



Porquê este? Isso dava (dará?) outro post.

Buraco tapado por Citadina às 10:09
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Sexta-feira, 20 de Julho de 2007

Le Petit Prince

Um dos meus livros de cabeceira predilectos é uma obra que me marcou pelo ênfase que põe nas relações de amor e amizade, pela profunda ternura, persistência nos afectos, desapontamentos inerentes e compreensão das suas razões, responsabilização pelos que amamos, e que acabou por ser determinante na forma como me relaciono com as pessoas de quem gosto.

Trata-se de “Le Petit Prince” do Antoine de Saint-Exupéry, que, para além de um escritor notável, foi também piloto de aviação, e desapareceu durante uma missão de reconhecimento em 31 de Julho de 1944 no mar Mediterrâneo. O narrador desta história é um aviador que caiu no deserto e que, de certa maneira é o próprio Saint-Exupéry.

Capítulo XX



Mais il arriva que le petit prince, ayant longtemps marché à travers les sables, les rocs et les neiges, découvrit enfin une route. Et les routes vont toutes chez les hommes.

- Bonjour, dit-il.

C'était un jardin fleuri de roses.

- Bonjour, dirent les roses.

Le petit prince les regarda. Elles ressemblaient toutes à sa fleur.

- Qui êtes-vous? leur demanda-t-il, stupéfait.

- Nous sommes des roses, dirent les roses.

- Ah! fit le petit prince...

Et il se sentit très malheureux. Sa fleur lui avait raconté qu'elle était seule de son espèce dans l'univers. Et voici qu'il en était cinq mille, toutes semblables, dans un seul jardin!
"Elle serait bien vexée, se dit-il, si elle voyait ça... elle tousserait énormément et ferait semblant de mourir pour échapper au ridicule. Et je serais bien obligé de faire semblant de la soigner, car, sinon, pour m'humilier moi aussi, elle se laisserait vraiment mourir..."
Puis il se dit encore: "Je me croyais riche d'une fleur unique, et je ne possède qu'une rose ordinaire. Ca et mes trois volcans qui m'arrivent au genou, et dont l'un, peut-être, est éteint pour toujours, ça ne fais pas de moi un bien grand prince..." Et, couché dans l'herbe, il pleura.

***

Capítulo XXI



C'est alors qu'apparut le renard.

(…)

- Qui es-tu? dit le petit prince. Tu es bien joli...

- Je suis un renard, dit le renard.

- Viens jouer avec moi, lui proposa le petit prince. Je suis tellement triste...

- Je ne puis pas jouer avec toi, dit le renard. Je ne suis pas apprivoisé

- Ah! Pardon, fit le petit prince.

Mais après réflexion, il ajouta :

- Qu'est-ce que signifie "apprivoiser"?

- Tu n'es pas d'ici, dit le renard, que cherches-tu?

- Je cherche les hommes, dit le petit prince. Qu'est-ce que signifie "apprivoiser"?

- Les hommes, dit le renard, ils ont des fusils et ils chassent. C'est bien gênant! Ils élèvent aussi des poules. C'est leur seul intérêt. Tu cherches des poules?

- Non, dit le petit prince. Je cherche des amis. Qu'est-ce que signifie "apprivoiser"?

- C'est une chose trop oubliée, dit le renard. Ca signifie "Créer des liens..."

- Créer des liens?

- Bien sûr, dit le renard. Tu n'es encore pour moi qu'un petit garçon tout semblable à cent mille petits garçons. Et je n'ai pas besoin de toi. Et tu n’as pas besoin de moi non plus. Je ne suis pour toi qu'un renard semblable à cent mille renards. Mais, si tu m'apprivoises, nous aurons besoin l'un de l'autre. Tu seras pour moi unique au monde. Je serai pour toi unique au monde...

- Je commence à comprendre, dit le petit prince. Il y a une fleur... je crois qu'elle m'a apprivoisé...

(…)

Mais le renard revint à son idée :

- Ma vie est monotone. Je chasse les poules, les hommes me chassent. Toutes les poules se ressemblent, et tous les hommes se ressemblent. Je m'ennuie donc un peu. Mais si tu m'apprivoises, ma vie sera comme ensoleillée. Je connaîtrai un bruit de pas qui sera différent de tous les autres. Les autres pas me font rentrer sous terre. Le tien m'appellera hors du terrier, comme une musique. Et puis regarde! Tu vois, là-bas, les champs de blé? Je ne mange pas de pain. Le blé pour moi est inutile. Les champs de blé ne me rappellent rien. Et ça, c'est triste! Mais tu as des cheveux couleur d'or. Alors ce sera merveilleux quand tu m’auras apprivoisé! Le blé, qui est doré, me fera souvenir de toi. Et j'aimerai le bruit du vent dans le blé...

Le renard se tut et regarda longtemps le petit prince:

- S'il te plaît... apprivoise-moi! dit-il.

- Je veux bien, répondit le petit prince, mais je n'ai pas beaucoup de temps. J'ai des amis à découvrir et beaucoup de choses à connaître.

- On ne connaît que les choses que l'on apprivoise, dit le renard. Les hommes n'ont plus le temps de rien connaître. Ils achètent des choses toutes faites chez les marchands. Mais comme il n'existe point de marchands d'amis, les hommes n'ont plus d'amis. Si tu veux un ami, apprivoise-moi!

- Que faut-il faire? dit le petit prince.

- Il faut être très patient, répondit le renard. Tu t'assoiras d'abord un peu loin de moi, comme ça, dans l'herbe. Je te regarderai du coin de l'oeil et tu ne diras rien. Le langage est source de malentendus. Mais, chaque jour, tu pourras t'asseoir un peu plus près...

Le lendemain revint le petit prince.

- Il eût mieux valu revenir à la même heure, dit le renard. Si tu viens, par exemple, à quatre heures de l'après-midi, dès trois heures je commencerai d'être heureux. Plus l'heure avancera, plus je me sentirai heureux. À quatre heures, déjà, je m'agiterai et m'inquiéterai; je découvrirai le prix du bonheur! Mais si tu viens n'importe quand, je ne saurai jamais à quelle heure m'habiller le coeur... il faut des rites.

- Qu'est-ce qu'un rite? dit le petit prince.

- C'est quelque chose trop oublié, dit le renard. C'est ce qui fait qu'un jour est différent des autres jours, une heure, des autres heures. Il y a un rite, par exemple, chez mes chasseurs. Ils dansent le jeudi avec les filles du village. Alors le jeudi est jour merveilleux! Je vais me promener jusqu'à la vigne. Si les chasseurs dansaient n'importe quand, les jours se ressembleraient tous, et je n’aurais point de vacances.

Ainsi le petit prince apprivoisa le renard. Et quand l'heure du départ fut proche :

- Ah! dit le renard... je pleurerai.

- C'est ta faute, dit le petit prince, je ne te souhaitais point de mal, mais tu as voulu que je t'apprivoise...

- Bien sûr, dit le renard.

- Mais tu vas pleurer! dit le petit prince.

- Bien sûr, dit le renard.

- Alors tu n'y gagnes rien!

- J'y gagne, dit le renard, à cause de la couleur du blé.

Puis il ajouta :

- Va revoir les roses. Tu comprendras que la tienne est unique au monde. Tu reviendras me dire adieu, et je te ferai cadeau d'un secret.

Le petit prince s'en fut revoir les roses.

- Vous n'êtes pas du tout semblables à ma rose, vous n'êtes rien encore, leur dit-il. Personne ne vous a apprivoisé et vous n'avez apprivoisé personne. Vous êtes comme était mon renard. Ce n'était qu'un renard semblable à cent mille autres. Mais j'en ai fait mon ami, et il est maintenant unique au monde.

Et les roses étaient gênées.

- Vous êtes belles mais vous êtes vides, leur dit-il encore. On ne peut pas mourir pour vous. Bien sûr, ma rose à moi, un passant ordinaire croirait qu'elle vous ressemble. Mais à elle seule elle est plus importante que vous toutes, puisque c'est elle que j'ai arrosée. Puisque c'est elle que j'ai abritée par le paravent. Puisque c'est elle dont j'ai tué les chenilles (sauf les deux ou trois pour les papillons). Puisque c'est elle que j'ai écoutée se plaindre, ou se vanter, ou même quelquefois se taire. Puisque c'est ma rose.

Et il revint vers le renard:

- Adieu, dit-il...

- Adieu, dit le renard. Voici mon secret. Il est très simple : on ne voit bien qu'avec le coeur. L'essentiel est invisible pour les yeux.

- L'essentiel est invisible pour les yeux, répéta le petit prince, afin de se souvenir.

- C'est le temps que tu a perdu pour ta rose qui fait ta rose si importante.

- C'est le temps que j'ai perdu pour ma rose... fit le petit prince, afin de se souvenir.

- Les hommes on oublié cette vérité, dit le renard. Mais tu ne dois pas l'oublier. Tu deviens responsable pour toujours de ce que tu as apprivoisé. Tu es responsable de ta rose...

- Je suis responsable de ma rose... répéta le petit prince, afin de se souvenir.

(Ilustrações originais e texto tirados daqui).

Buraco tapado por Cosmopolita às 11:43
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Sexta-feira, 13 de Julho de 2007

O Amor É Fodido

Começa hoje, com este título, a resposta ao desafio da Duca (e acaba quando calhar, desculpem lá, mas a minha vida não é mesmo isto...).

Não vale a pena dissertar muito sobre este livro. Os seguintes excertos são demonstrativos quanto baste.

"O amor é fodido. Hei-de acreditar sempre nisto. Onde quer que haja amor, ele acabará, mais tarde ou mais cedo, por ser fodido."

"Porque é que fodemos o amor? Porque não resistimos. É do mal que nos faz. Parece estar mesmo a pedir. De resto, ninguém suporta viver um amor que não esteja pelo menos parcialmente fodido. Tem de haver escombros. Tem de haver esperança. Tem de haver progresso para pior e desejo de regressar a um tempo mais feliz. Um amor só um bocado fodido pode ser a coisa mais bonita deste mundo."

"Não te pedi nada. Não fui eu quem falou primeiro em ser feliz. No dia em que me falaste nisso estive até às cinco da manhã sem dormir."




"O Amor É Fodido" de Miguel Esteves Cardoso, Assírio & Alvim, 1994.

Buraco tapado por Cosmopolita às 12:12
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Segunda-feira, 9 de Julho de 2007

Auto-ajuda é...

Comprar este livro. E lê-lo.

Buraco tapado por Citadina às 11:44
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Segunda-feira, 28 de Maio de 2007

Ela por Ela na Feira do Livro

E-mail da Cosmopolita:

Minha amada, se calhar a A. merecia que se lhe fizesse referência no nosso blog, o que achas? É a única editora que, apesar do que isso significa em termos de perder dinheiro, só publica livros e trabalhos de mulheres ou dedicados a mulheres. E nem é sequer homossexual !!!!
 
Beijos
 
Tua Cosmopolita.


De: A.
Enviada: seg 28-05-2007 11:50
Para: Undisclosed-Recipient :;
Assunto: Ela por Ela na Feira do Livro

Feira do Livro de Lisboa
A Ela por Ela

na Tenda dos Pequenos Editores,
(tenda grande de plástico branco, no topo, do lado do Pavilhão dos Desportos)

 

Título
Autores

Preço de Feira

Diário de Eva

Mark Twain escreveu este relato da vida da nossa mãe Eva como uma carta de amor para a sua mulher.

5,60
Feminismo Ontem e Hoje

Três ensaios de Ana de Miguel Alvarez, estudiosa do feminismo, filósofa e professora de sociologia na Universidade da Corunha.

7,20
A Doce Lena

Selecção de contos de Gertrude Stein (EUA), Madga Donato (Espanha), Elizabeth Jolley (Austrália) e Chhaya Datar (Índia). Mulheres dos quatro cantos do mundo contam histórias que fazem sorrir e pensar

8,00
Direitos da Mulher e da Cidadã

textos fundadores do feminismo desde a Revolução Francesa e ao longo de 120 anos, de Olympe de Gouges, Mary Robinson, Elizabeth C. Stanton, Matilda J. Gage e Olive Schreiner

8,00
País das Areias

Contos de Isabelle Eberhardt, nómada e aventureira que se consumiu a transgredir as regras, escandalizando a sociedade colonial francesa

9,60
Mulheres de Desaparecidos

A jovem antropóloga Sónia Ferreira relata histórias de vida de quatro chilenas que continuam sem conhecer o destino dos maridos desaparecidos há 30 anos.

10,40

Género e Poder entre os Tsonga de Moçambique

A partir de um estudo num bairro de Maputo, a socioantropóloga

Ana Maria Loforte dá uma nova perspectiva para o entendimento da posição da mulher na sociedade

16,80

Espíritos Vivos, Tradições Modernas

Será que a possessão pelos espíritos existe? A socióloga Alcinda Honwana explica que ela é elemento essencial numa sociedade em que se interpenetram tradição e modernidade

17,60
Mulheres em Movimento

Alfreda Cruz, estudiosa da problemática dos géneros, e Maria Manuela Carvalho, activista do desenvolvimento local, juntaram-se para falar da misoginia nas representações da mulher, das dificuldades da paridade e dos factores que agem contra e a favor do desenvolvimento das mulheres. Prefácio de Helena Neves.

12,80
Bilhetes, por favor

D. H. Lawrence, Charles Perrault e Vishwapryia L. Iyengar: três autores de épocas distintas, muito diferentes entre si, partilhando um tema comum: a mulher e a maneira como ela lida com a adversidade, a prepotência, o obscurantismo

7,60
As Clandestinas

Ana Barradas expõe como, sem estas mulheres que actuavam na sombra, a oposição ao regime de Salazar não teria sido possível. Hoje esquecidas e ignoradas, elas deram o melhor de si à luta política.

12,00
Casa de Bonecas

Mestra na arte do conto, Katherine Mansfield denuncia a discriminação da mulher, ao mesmo tempo que descreve momentos de solidão, ciúme, doença e alienação nas relações maritais e familiares das suas personagens.

8,00
Canto de Todos

A tradução, prefácio e notas de António Jacinto Pascoal valorizam os belos versos de Violeta Parra, a cantora popular chilena

8,00
Espaços do Desejo

Luísa Coelho, professora de Literatura Portuguesa na Universidade de Brasília, surpreende-nos com narrativas eróticas.

9,60
Mulheres Imigrantes

Elsa Sertório e Filipa Pereira fizeram um inquérito sobre a vida e as expectativas das trabalha­doras estrangeiras em Portugal. Prefácio de He­loísa Perista

12,00
Monique

Idealizada por Luísa Coelho, esta é a resposta de Monique à carta de Alexis, o personagem criado pela célebre escritora francesa Marguerite Yourcenar na sua obra Alexis ou le Traité du Vain Combat.

9,60
Diário de uma Terapia

Ana de Sousa analisa a atitude perante a doença de uma mulher atingida por cancro da mama

9,60

As Mulheres na União Europeia. História, Trabalho e Emprego

Textos de académicas da Rede de Estudos Feministas sobre a condição feminina em países europeus e os desafios que se colocam à progressão do movimento social contra a desigualdade.

11,80
Comores, As Ilhas da Lua

Tudo é especial neste micro-Estado de pequenas ilhas perdidas no oceano Índico, entregue ao seu destino e desligado do mundo. Este relato de Ana Barradas de uma curta mas intensa estadia dá conta de toda essa complexidade

10,00
Mãe

Guy de Maupassant, Eça de Queiroz, Bertolt Brecht, Andrée Chedid, Rafael Barrett, Corrado Álvaro, Léon Bloy, Ivan Cankar: antologia de histórias surpreendentes sobre mães, todo o tipo de mães.

7,80

De Menina a Mulher. Rito de Iniciação Feminina

de Rosa Melo. Uma mulher handa que passou pelo ritual quando menina observou-o como companheira das suas contemporâneas e finalmente estudou-o como investigadora, constituindo esta obra uma parte da sua dissertação de doutoramento em antropologia. 261 pp., 22,00 €

17,60
Com Versos na Cozinha

de Maria José Estamenha e Marília Fernandes, prefácio de Maria de Lourdes Modesto. Receitas que representam vivências, nós e laços em lugares tão diferentes como Angola e Alentejo, evocando pessoas, ambientes, cheiros e sabores. 120 pp., 28,00 €

 
22,40

As Mulheres na União Europeia. Família, Cidadania e Migração

AAVV. As responsabilidades na família como empecilho à cidadania, a promoção da igualdade, a mobilidade das mulheres na Europa, a violência, a marginalização e as discriminações sobre as migrantes e refugiadas. 144 pp., 14,70 €

11,75
Amor Perfeito

AAVV. Sobre o amor, citações de autores famosos e fotografias artísticas. 48 pp., 13,50 €

 
10,80
Mulher Todos os Dias

AAVV. Poemas de mulheres famosas e ilustrações artísticas. 48 pp., 13,50 €

 
10,80
Em Nome do Pai

AAVV. Poemas e citações ilustrados com fotografias artísticas. 48 pp., 13,50 €

 
10,80
A Liberdade da Rebeldia

de May Beals. A autora introduz na sua ficção personagens de carácter forte, determinadas e rebeldes. 62 pp., 9,50 €

7,60
Agência de Assassinos

de Jack London. Trepidante história de aventuras e viagens com uma mensagem: o mundo tem de reconhecer que a justiça é uma responsabilidade colectiva. 206 pp., 15,00 €

12,00
Mulheres do Século XVIII

Investigadores de diversas áreas elaboraram ensaios sob este título genérico, em que exploram temas aliciantes e pouco visitados daquela época: O Belo Ideal, de Ana Duarte Rodrigues, 95 pp.; Os Retratos, de Bruno Marques, 104 pp.; Conventos de Freiras, de Filipe Costa, 71 pp.; Pintoras Portuguesas, de Luísa Capucho Arruda e Aline Gallasch Hall, 87 pp.; A Condessa do Vimieiro, de Raquel Bello Vázquez, 136 pp.; O Aborto, de Regina Marques, 110 pp. Cada exemplar a 8,50 €

6,80

As Mulheres na UE. Política, Igualdade, Cristianismo

AAVV. Este volume completa os dois anteriores sobre o mesmo tema. 140 pp., 14,70 €

11,75
Dicionário de Mulheres Rebeldes

de Ana Barradas. Mais de 700 biografadas revelam-nos vidas intensas de inconformismo, resistência e coragem. 150 fotografias, valorizadas com ilustrações de William Morris. 260 pp., 26,50 €

21,20
Professoras Desterradas

de Lourdes Baginha. Ao mesmo tempo mulheres, mães e esposas, estas professoras que são colocadas longe de suas casas relatam a vida difícil que são obrigadas a levar. 142 pp., 15,00 €

12,00
Contos de Terror

de Edgar Allan Poe. Mestre do macabro e obcecado pela morte, Poe escolheu-a como tema central de muitas das suas histórias. 119 pp., 14,90 €

11,90
No meio das trevas, sorrio à vida

AAVV. Pensamentos de mulheres famosas e ilustrações artísticas. 72 pp., 14,90 €

 
11,90
Conselhos às Meninas e às Senhoras

de Mark Twain. Com humor e verve inigualáveis, o autor desconstrói todo o discurso moralista e patriarcal da sua época, revelando-se um feminista avant la lettre. 72 pp., 9,50 €

 
7,60

 

Pronto, amor, aqui está. (Adorei aquela do "E [ela] não é sequer homossexual !!!!)
Buraco tapado por Citadina às 16:41
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