Quinta-feira, 12 de Agosto de 2010

I'm back, like a nightmare

Até eu, que detesto filmes de terror, gosto desta expressão associada ao Freddy Krueger de Elm Street (é, não é? Se não for, é porque eu de facto não vejo filmes de terror, só mando estas bocas por ouvir dizer).

Estar de volta como um pesadelo é o que tenho a anunciar aos leitores deste blog, assumindo muito optimisticamente que eles ainda existem. A ausência deveu-se a estudos superiores para jack of all trades, master of none em telecomunicações, estudos esses que me deram um gozo enorme, ao contrário da cinzenta e corruptora de nobres ideais, desonrosa, horrível, mal-cheirosa, irritante, patética, desumana e revoltante licenciatura em economia. Nunca gostei dela, era mais que tempo de a substituir por um grau maior.

E pronto, cá me tendes, que felizes que estais, verdade?

Buraco tapado por Citadina às 12:44
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Sábado, 1 de Agosto de 2009

Os PEQUENOS poderes e outras coisas que me chateiam

Li hoje aqui, aqui , aqui e numa série de blogs que linkaram esta notícia que o TC tinha alegadamente rejeitado o casamento civil das duas mulheres, Teresa Pires e Helena Paixão, que estão a tentar casar-se desde 2006, por três votos contra e dois a favor.

 

Irão, finalmente e felizmente, poder recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Que, estou convencida, irá permitir este casamento, pois é um inegável direito de qualquer cidadão imputável, ainda por cima permitido pela Constituição Portuguesa.

 

Lendo estas notícias, há coisas que me chateiam por demais:

 

1.º O tratarem o casal nas notícias, referindo-se-lhes quase sempre por "lésbicas" em vez de mulheres ou pelos nomes. Ninguém diz "dois heterossexuais" quiseram casar-se.

 

2.º A mania que os portugueses têm de transformar todas as derrotas em vitórias! Irra! O facto de o resultado ter sido de 3-2 em vez de 5-0 não é uma vitória, bolas! E o que mais me choca é que os juízes do TC que são pessoas adultas, instruídas, supostamente imparciais e tecnicamente preparadas defendam simultaneamente uma coisa e o contrário dela!

 

3.º O facto de se terem logo levantado vozes a dizer que o parlamento pode autorizar por maioria relativa o casamento homossexual! Mas a quem é que Vital Moreira quer enganar? A Assembleia da República já teve essa possibilidade e foi o próprio PS que não permitiu que isso acontecesse! É para adiar ainda mais esta decisão?

 

4.º Claro que vêm logo pessoas insinuar também que se deve alterar a Constituição. Não, não é engano, leram bem! Não defendem a alteração do Código Civil, mas da  Constituição! E nós, que somos parvos, acreditamos logo que esta alteração, com um empate técnico nas intenções de voto entre o PS e o PSD, vá no sentido da aprovação de mais direitos, está-se mesmo a ver! 

 

Enfim, somos uns tristes!

Buraco tapado por Cosmopolita às 00:50
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Quinta-feira, 18 de Junho de 2009

Pesadelo de uma noite de Verão

Sabem aquelas pessoas que "jogam pelo seguro", que "vivem pelo seguro", que só querem "uma vida normal", que são campeões do politicamente correcto, que se acham o role model de uma sociedade "decente", cuja vida é só upgrades, que nunca são vistos bêbedos em público, que nunca tiveram de pedir dinheiro emprestado, para quem "dúvidas existenciais" são próprias dos alienados e "intelectual" é sinónimo de "marginal"?

Pois bem, esta noite sonhei que era uma.

Buraco tapado por Citadina às 14:32
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Segunda-feira, 26 de Novembro de 2007

Medo

Numa concorrida bilheteira lisboeta:

- Filho, vamos ao circo?
- Oh, mãe, não!
- Mas porquê?!
- Porque é muito, muito assustador.

Tirou-me as palavras da boca. E eu tenho 35 anos.

Buraco tapado por Citadina às 13:54
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Segunda-feira, 30 de Julho de 2007

Últimos efeitos (de calor e álcool)

Havia pó, uma muito densa nuvem de pó e, dentro do pó, a casa. Num início de tarde de extremo calor o vento desfaleceu e pôde-se finalmente ver as pereiras que ladeavam a escadaria exterior do solar, assim como os três cães presos a elas por correntes, mortos de fome e sede. Foi nesse preciso momento que chegámos. De repente, estávamos lá, como aparições sobrenaturais, estáticas, de pernas e braços entreabertos, ombros retesados, lado a lado. Os cães já não ladravam há uns dias, mas assim que nos viram levantaram-se num salto e assassinaram-nos com o olhar. Começaram a ladrar furiosamente, espumando aos cantos da boca, escorrendo raiva pelos caninos, e apesar de ser incerto se nos consideravam comida ou cruéis, tive medo pelas duas razões.
Em todas as casas de que não me esqueci há uma figueira. E eu que nem gosto de figos. Nesta também. Entrei por debaixo dela, que envolvera o portão há muito, ou o espaço onde havia o portão de ferro forjado, agora caído sobre as raízes que desconjuntaram o muro onde se fixavam as charneiras. Nunca tirei os olhos dos cães, que davam esticões tresloucados às correntes, e eu não sabia quanto mais elas iam aguentar. Mas avancei. Avançámos, tu um passo atrás de mim. Se se soltassem ficaríamos retalhadas em segundos. Não havia para onde fugir. Não tínhamos a chave da casa e sabíamos que não havia ninguém para nos abrir a porta. Não conseguiríamos subir à figueira a tempo, quanto mais alcançar o carro, parado lá em baixo, no princípio do acesso.
Foi então que levei o primeiro tiro. Atingiu-me no antebraço esquerdo. Voltei-me com a força do impacto e dei de caras com os teus olhos emancipados das órbitas pelo choque e pela surpresa. Tentaste amparar-me, proteger-me. Acompanhaste-me na descida até ao chão. Deitei-me e tu apoiaste-me a cabeça no regaço. Os cães calaram-se. O velho apareceu, com a espingarda apontada a nós. Ninguém dizia nada. Não me doía, mas queimava. Silêncio. Silêeencio...
Não. Um telefone tocava. Tocava. Tocava. O velho também ouvia. Voltou lentamente a cabeça na direcção do som, mas não a arma. Olhou-me de novo. E BANG! Estremeci violentamente, tentando ao mesmo tempo perceber onde este me tinha atingido. Dobrei-me como uma mola e fiquei sentada.
Depois de recuperar o fôlego, sequei a testa com as costas da mão esquerda e desliguei o despertador com a direita.
Buraco tapado por Citadina às 18:33
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